quinta-feira, 30 de junho de 2011

Arquivos para Download

Olá amigos e amigas seguidores do nosso BLOG.

Inauguramos mais uma seção aqui neste espaço: "Arquivos para Download", onde postaremos links interessantes para vocês baixarem e ficarem cada vez mais por dentro das ações do Movimento LGBT.

Nesta primeira postagem, 4 arquivos para DOWNLOAD.

1 - MANUAL DE COMUNICAÇÃO LGTB

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) lançou o “Manual de Comunicação LGBT”, que busca esclarecer as dúvidas dos profissionais de comunicação e da sociedade em geral sobre diversidade sexual e identidade de gênero. O manual é voltado para profissionais, estudantes e professores da área de comunicação: jornalistas, radialistas, publicitários, relações públicas, bibliotecários, entre outros. O principal objetivo da ABGLT com esse lançamento é o de reduzir o uso inadequado e discriminatório de terminologias que afetam a cidadania e dignidade da população LGBT, seus familiares e amigos. O manual busca ainda incentivar a produção de matérias, artigos, reportagens e entrevistas que tratem do respeito à diversidade sexual e justiça social e criar uma ferramenta capaz de auxiliar a cobertura jornalística com relação às temáticas LGBT. Ele possui também informações sobre as expressões técnicas de redação dos temas relacionados a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Embora o público alvo sejam os jornalistas, a idéia é que a publicação possa ser útil também para outros segmentos. Sua produção embasou-se em resoluções aprovadas no I Congresso da ABGLT e na I Conferencia Nacional LGBT. A publicação do manual recebeu o incentivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e o seu conteúdo foi elaborado com base na relação já existente entre o movimento e a mídia, e ainda na realidade das redações.


2 - GUIA PRÁTICO PARA POLICIAIS

O Guia de Direitos Humanos para policiais militares é distribuído para os servidores de todo o Brasil. Contendo definições de conduta ética, técnica e legal, a cartilha desenvolvida pelo Governo Federal, em parceria com a Secretaria Nacional da Segurança Pública, Ministério da Justiça, Secretaria Especial dos Direitos Humanos e da União Européia, mostra o esforço dos órgãos para melhorar a relação da PM com toda a população.

O guia tomando os “policiais cidadãos”, em 20 páginas, apresenta todos os conceitos básicos e direitos humanos da população brasileira e internacional. Em meio a diversos alertas e definições de comportamento do militar, a cartilha apresenta um capítulo voltado diretamente para grupos que merecem atenção especial, dando destaque para a comunidade GLBT.

Em uma página inteiramente destinada à comunidade homoafetiva, o guia destaca em letras garrafais que “a orientação sexual das pessoas não pode ser motivo de discriminação”. Logo em seguida, seguem-se sete princípios básicos que o policial militar deve ter em relação a essa comunidade, abaixo reproduzido diretamente do Guia de Direitos Humanos – Conduta ética, técnica e legal para instituições policiais militares.

•  A população LGBT tem os mesmos direitos que todas as pessoas e não deve ser desrespeitada, violada ou humilhada.

•  Respeite a orientação sexual de cada um e não faça gracejos ou críticas.

•  Todas as denúncias de pessoas que aleguem ser vítima de crime devem ser registradas, independentemente de sua orientação sexual.

 •  A busca pessoal em homossexual masculino será realizada da mesma forma que se realiza em homens.

•  Pergunte à pessoa abordada como deseja ser chamada.

•  Não constranja ou humilhe a  travesti ou  transexual  lendo em voz alta o seu nome constante da carteira de identidade.

•  Ao  referir-se  a  travestis e  transexuais,  utilize pronomes  femininos.


3 - COMO FAZER UMA PARADA GAY


Guia prático com 10 dicas lançado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).

O informativo divulgado pela entidade consta de uma lista com dez indicações de como organizar uma Parada Gay. As orientações oferecidas pelo GGB figura desde a garantia da presença de gays a orientação de como proceder com os possíveis excessos de visibilidade. Na opinião de Marcelo Cerqueira, presidente da entidade “De algum modo à idéia da Parada tem de partir de um segmento de homossexuais, tem de partir deles a iniciativa”. O ativista alerta para o perigo implícito que representa alguns indivíduos que não estão ligados com a causa, mas se oferecem para organizar a Paradas pensando em tirar proveito pessoal da causa gay.

O evento em si é muito significativo para os homossexuais porque é a grande celebração de um marco histórico, político e social da luta de conscientização da categoria em todo o ocidente. Ainda de acordo com o manual a questão dos excessos diz respeito basicamente à aparência e da utilização do corpo como forma de protesto que em alguns casos atiça a homofobia dos conservadores. “As paradas devem garantir o direito a aparência de quem quer que seja. A parte exposição de genitália, expor o corpo é um direito do cidadão” conclui Cerqueira.


4 - LEI ESTADUAL 14.170

Minas Gerais possui uma lei que pune a discriminação por orientação sexual praticada por pessoas jurídicas. A lei foi aprovada no ano de 2002 e criou na estrutura do governo do Estado, o Centro de Referência de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros de Minas Gerais, subordinado à Sub-Secretaria de Direitos Humanos, a partir de um projeto elaborado pelo movimento social para orientar as políticas públicas voltadas para a população LGBT mineira.



Basta de Homofobia!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

28 de Junho: Dia Internacional do ORGULHO GAY e da Consciência Homossexual


LUIZ MOTT

Todas minorias sociais tem o seu dia: 8 de março, dia da mulher; 20 de novembro, dia da consciência negra; 19 de abril, dia do índio. Também os homossexuais têm o seu dia: 28 de junho, “dia internacional do orgulho gay e da consciência homossexual”. Em Nova York, San Francisco, Londres, Berlim, e agora também nas principais capitais do Brasil, milhares, milhões de gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes saem às ruas, em alegres e multi-coloridas paradas, para proclamar a toda sociedade: “somos milhões, temos orgulho de ser o que somos, estamos em toda parte”.

Junho, também entre nós, é o mês de realização das Paradas do Orgulho Gay. No último domingo, 26, a Avenida Paulista e Rua da Consoloção, em São Paulo, foram a passarela para a realização da 15ª Parada do Orgulho Gay - a maior do Brasil, reunindo um público estimado em 4 milhões de pessoas.

Pesquisas científicas indicam que de cada quatro famílias, uma tem um filho ou parente homossexual, e que os gays e lésbicas representam por volta de 6 a 10% da humanidade 17 milhões só no Brasil. Cientistas e associações médicas e psicológicas também garantem que nada distingue, biológica e psicologicamente, os homossexuais dos heterossexuais ou bissexuais, e que o preconceito contra esta minoria sexual, cientificamente chamado de “homofobia”, além de desumano, revela imaturidade sexual da parte de quem o pratica e contravenção contra os direitos humanos.

Nenhuma lei no Brasil condena a prática homossexual entre adultos; os Conselhos Federais de Medicina e Psicologia garantem a normalidade desta orientação sexual; há cada vez mais renomados teólogos e ministros religiosos que defendem a moralidade desta manifestação de amor. No Governo anterior, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiou a legalização da união civil entre pessoas do mesmo, aceitando de um militante gay e exibindo em pleno Palácio do Planalto, a bandeira do arco-íris, símbolo gay internacional do respeito à diversidade. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu as uniões estáveis homoafetivas.

Diversidade que inclui no panteão dos homossexuais célebres, grandes vultos da história humana, como Platão, Alexandre Magno, a poetisa Safo, Tchaikovsky, Mario de Andrade, Cazuza, Cássia Eller, e nada menos que o nosso querido inventor do avião, Santos Dumont, que apesar de não ter “saído da gaveta”, é referido em suas principais biografias como adepto do “amor que não ousava dizer o nome” (Oscar Wilde). Amor que hoje, cada vez mais, milhões de homens e mulheres têm o orgulho de assumir: “é legal ser homossexual!”

Luiz Mott  é professor Titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (UFBa); presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB);
membro do Conselho Nacional de Combate à Discriminação do Ministério da Justiça
e da Comissão Nacional de Aids do Ministério da Saúde.

Juiz autoriza casamento gay no interior de São Paulo

A Justiça de São Paulo autorizou nesta segunda-feira (27) o primeiro casamento civil gay do Brasil. De acordo o Tribunal de Justiça (TJ) do estado, o juiz da 2ª Vara da Família e das Sucessões de Jacareí, Fernando Henrique Pinto, homologou a conversão da união estável entre o cabeleireiro Sérgio Kauffman Sousa e o comerciante Luiz André Moresi em casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Segundo o TJ e a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), não havia casamento civil homoafetivo no país.

Com a decisão, os dois se tornaram oficialmente casados e passarão a usar o mesmo sobrenome: Sousa Moresi. “É uma felicidade imensa. Ainda estou tentando compreender esse momento histórico. A ficha precisa cair que esse é um momento que vai ficar na história. A gente luta por tantos anos e quando acontece, a gente entra em êxtase. É por isso que eu divido e dedico essa vitória a todos os militantes”, contou Luiz André.

Segundo Kauffman, o casamento civil chega após oito anos de união estável. No dia 17 de maio, eles foram ao cartório oficializar a união. No dia 6 de junho, pediram a conversão da união em casamento civil. Segundo o TJ, o Ministério Público deu parecer favorável ao pedido, que “foi instruído com declaração de duas testemunhas, que confirmaram que os dois ‘mantêm convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família’.”

Na manhã desta terça-feira (28), coincidentemente Dia Mundial do Orgulho LGBT, os dois irão ao Cartório de Registro Civil, em Jacareí, para buscar a certidão de casamento. "Vai ser só o protocolo porque nós já estamos casados. O casamento já existe. A única demora era o trâmite para ele ser lavrado no livro do cartório", disse Luiz André.

De acordo com o TJ, a decisão do juiz Fernando Henrique Pinto tem como principal fundamento o julgamento do Supremo Tribunal Federal, de 5 de maio, que reconheceu a união estável de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.

Anulação
Questionado sobre uma possível anulação do casamento civil gay por parte de outro juiz, tanto Luiz André quanto Kauffman se mostraram cientes de que isso pode acontecer, mas afirmaram que irão recorrer até o fim. "Se precisar, a gente leva o caso até o Supremo Tribunal Federal", disse Luiz André.

A preocupação do casal existe porque o juiz da 1º Vara da Fazenda Pública de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas, determinou no dia 18 deste mês a anulação do primeiro contrato de união estável entre homossexuais firmado em Goiás, após decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união entre casais do mesmo sexo como entidade familiar.
Para Villas Boas, o Supremo “alterou” a Constituição, que, segundo ele, aponta apenas a união entre homem e mulher como núcleo familiar.

"É por isso que nós vamos continuar essa luta. O que nós esperamos é que o Congresso Nacional aprove a união estável porque, uma coisa é a decisão da Justiça, outra coisa é o que está na lei", disse Luiz André.

fonte: Portal G1.

sábado, 25 de junho de 2011

Insensato Colocon - capítulo 13

novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 13

 - Grazy? O que você está fazendo aqui? Como chegou? Veio voando?
 - Digamos que sim, Eduardo... Tive que voar mesmo para chegar até aqui... – diz ela, mascando chiclete, empurrando o bofe para dentro de sua casa, agarrando-o. Ele se esquiva.
 - Ei, calma! Primeiro você vai me explicar o que tá fazendo aqui? Não tô entendendo...
 - Relaxa, amore! Depois a gente bola uma ideia, pode ser? Eu tô louca de tesão! – e ela continua empurrando o bofe, tentando leva-lo para o quarto. Ele, porém, reluta de novo.
 - Grazy, não! – diz enfático. – Primeiro você vai me explicar o que tá fazendo aqui.
 - Aff. Tá bom! Eu vim até aqui pra gente definir o nosso plano. Ele continua de pé?
 - Claro que sim, mas você precisava vir até Ribeirão para tratar comigo desse assunto?
 - Aff, Eduardo! E você queria que a gente se encontrasse lá em Paraíso? Pirô de vez?
 - Tá legal! Senta aí e vamos conversar, mas depois você vai embora. Tô hiper cansado!
 - É?... Cansado?... Sei muito bem o motivo do seu cansaço, viu! Não vá se apaixonar...
 - Fique de boa! Amanhã eu já vou me livrar de duas... A Verusca vai ser fichinha!
 - Acho bom mesmo. Nada pode atrapalhar o nosso plano, Dú! Tô farta do Gonzaga!
 - Será mesmo, Grazy? A Verusca me contou o que vocês fizeram! Sarcástico, viu!
 - Foi mesmo bem perverso, mas a bicha gostou! Mas vamos ao que interessa! E eu não irei embora. Dormirei aqui com você. Não gosto de pegar estrada à noite.
 Vendo que Grazy não mudaria de ideia, Eduardo aceitou a situação e, após definirem a estratégia do plano, ele cedeu à investida da racha, passando a noite junto com ela.

Amanhece. Em Paraíso, Verusca acorda cheia de preocupações: a dívida que tinha que pagar para Gonzaga. Seu prazo estava terminando e ela não sabia o que o “poderoso chefão” poderia fazer caso ela não cumprisse o combinado; a forma estranha de Tyler e o jeito que ele saíra de seu ateliê no dia anterior; o babado que tivera com Eduardo e a esperança de logo revê-lo. Decidiu, mais uma vez, procurar um emprego. Já estava cansada de levar “nãos” na cara pelo fato de ser homossexual, pouca escolaridade e viver em uma cidade pequena. Não tinha jeito para serviço braçal e suas habilidades eram limitadas. Mesmo assim, para levantar o astral, colocou um som bate-cabelo e começou a se arrumar. “Quem sabe hoje eu não tenho sorte?”, pensou com seus botões. Meia hora depois estava na rua à caça de um trabalho.

No colégio católico, Kelly intermedia o debate dos alunos sobre a decisão da presidente da República em suspender a produção do kit anti-homofobia. O assunto estava em voga, assim como a mobilização da bancada evangélica que não quer a aprovação do projeto de lei que criminaliza agressões cometidas contra os LGBTs. A direção da escola primava pela “moral e bons costumes” e, mesmo sabendo disso, Kelly foi até o fim com sua proposta, defendendo a opinião de que o assunto precisa deixar de seu um tabu. De vez em quando pensava em Pérola e em uma maneira de reparar a mágoa que sua companheira estava sentindo pelos olhares que ela dera em Priscila. “Onde eu estava com a cabeça?”, se indagava.

Em Ribeirão, Eduardo e Grazy acordam. Após tomarem banho juntos, o bofe trata logo de despachar a racha. Seu dia estava cheio. Queria procurar um emprego e conversar seriamente com Marisa e Priscila. Telefonou e, ao cair da tarde, iria ao encontro delas.
 Em seu New Beetle, presente de Gonzaga, Grazy voou novamente na pista de volta a Paraíso. O velocímetro ultrapassava os 150. Queria chegar logo e evitar explicações. Inútil. Ao chegar ao sítio, o “poderoso chefão” já a esperava com uma cara nada agradável.
 - Sem meias palavras, Grazy! Onde foi que você passou a noite, hem?

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

Edição 923

Abaixo a imagem da edição n.º 923 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 26 de junho de 2011.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Governo vai lançar exame de mama itinerante

O Ministério da Saúde lançará programa para dar atendimento itinerante em exames de mamografia. "Mamógrafos móveis" percorrerão regiões onde o teste é escasso por falta de equipamento. A pasta realizou um censo com todos os 1.514 aparelhos disponíveis via rede SUS (Sistema Único de Saúde).

No levantamento, detectou que mamógrafos funcionam 50% abaixo de sua capacidade. Ou seja: segundo o ministério, o número de equipamentos seria suficiente para dobrar esse tipo de teste no país. O parâmetro oficial sobre a quantidade ideal é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes.

Entre as causas da "baixa produtividade" apontada no levantamento estão problemas com manutenção, falta de técnicos especializados para multiplicar o atendimento, falhas no processamento de imagens, escassez de insumos e infraestrutura inadequada.

O ministro Alexandre Padilha diz que uma das soluções em curso no ministério é descentralizar o atendimento, já que boa parte dos aparelhos para atendimento está em cidades maiores. A ideia é investir em centros onde não há mamógrafos e chegar às pequenas e médias cidades do país com "mamógrafos móveis".

fonte: Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Revista Diversidade

O Movimento Gay de Alfenas (MGA) e Região Sul de Minas lançou a 14ª edição da Revista DIVERSIDADE. Destaque para a 8ª Parada do Orgulho LGBT de Alfenas, que acontece dia 21 de agosto, além de outras matérias como:

- Prefeitura de Fortaleza cria 1º GT de Segurança Pública para LGBT no Brasil;
- Lei Anti-Homofobia: uma resposta à onda do ódio;
- Violência contra homossexuais (artigo de Drauzio Varella);
- A verdade sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC 122), entre outras.

Para receber GRATUITAMENTE um exemplar da Revista DIVERSIDADE, mande um e-mail para o MGA: mga@alfenas.psi.br . Abaixo alguns destaques da publicação.






OAB-SP lança campanha publicitária contra a homofobia


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seção de São Paulo, lança neste mês de junho a campanha “Homofobia mata”, destinada a combater o preconceito e a violência praticados contra homossexuais.
A principal peça da ação é um cartaz, criado pela agência Agnelo Pacheco, que destaca a frase tema da campanha na forma de uma pichação feita em vermelho, a cor do sangue. Na mesma imagem estão escritas ao fundo palavras que remetem à violência a que ainda são submetidos os homossexuais, como desrespeito, intolerância, preconceito, ódio, opressão, repulsa e covardia, entre outras. O cartaz destaca também um dos motes das campanhas contra a violência e a intolerância promovidas pela Ordem: “A violência tem que ter fim. A vida não”.
“O respeito às diferenças e à dignidade da pessoa é bandeira da OAB-SP nesta campanha”, enfatiza o presidente da entidade no Estado, Luiz Flávio Borges D’Urso.
Os cartazes da campanha contra a homofobia serão distribuídos pelas representações da OAB em todo o Estado de São Paulo, além de serem enviados a escolas, órgãos públicos, empresas e entidades interessadas em divulgar a mensagem. A campanha incluiainda um filme para TV de 15 segundos, peças para a Internet e para rádio.

terça-feira, 21 de junho de 2011

10 dicas para se defender de ataques homofóbicos


1.  70% dos assaltos e agressões na rua podem ser evitados se prestarmos mais atenção ao nosso redor: ao sair de casa, sozinho ou acompanhado, olhe para todos os lados e esteja atento para se afastar de pessoas suspeitas que lhe despertem insegurança. Isso não é paranóia, é precaução! Procure estar sempre com as mãos livres.

2. Estando só, em casal ou em grupo na rua, olhe sempre para trás, para os lados e se ficou inseguro com a aproximação de alguém mal encarado, sobretudo bando de carecas, skin-heads, acelere o passo, atravesse para ao outro lado da rua, mude de direção, entre na primeira loja que encontrar, fique junto de outras pessoas. Tudo discretamente para não provocar irritação nos caras.

3.  Mude sempre o itinerário que costuma seguir no cotidiano e preste atenção nas pedras, pedaços de paus, sacos e latas de lixo na calçada que poderão, numa emergência, ser usados para se proteger, para assustar o malfeitor ou  revidar alguma agressão. Uma pessoa prevenida vale por duas. Evite dar pinta quando estiver sozinho ou em lugares isolados, pois marginais aproveitam da fragilidade dos gays para atacar.

4. Nós, gays, lésbicas e trans temos os mesmos direitos dos heterossexuais: não é crime andar de mãos dadas em público, abraçar, beijar, acariciar, seja na rua, seja em estabelecimentos comerciais. Atentado ao pudor é proibido para todos: nunca transe em parques, jardins, casas abandonadas, construções, praia, etc. É perigoso e pode ser preso. Evite paquerar e transar com tipos marginais, pois costumam ser mais violentos e homofóbicos.

5. Em restaurantes, praças de alimentação, jardins e lugares públicos, siga a maioria: se nenhum casal heterossexual estiver namorando, dando beijo de língua, é melhor não chamar a atenção. Carícias sexuais, além de ser crime de ultraje ao pudor público,  geralmente provocam reação dos mais moralistas. Guarde tais manifestações homoeróticas mais explícitas para quando estiver em casa, boites ou saunas gays.

6. No caso de ser repreendido, insultado ou ameaçado de expulsão de estabelecimentos comerciais, pelo fato de estar namorando como os demais freqüentadores héteros, tenha calma: é melhor não discutir e não insulte o intolerante. Chame o gerente, o proprietário ou alguma autoridade e diga que homofobia é crime, o namoro não. Se houve agressão verbal ou física por parte de algum freqüentador ou funcionário, fale alto que está sendo discriminado por homofobia, para que todos saibam o que aconteceu, tente encontrar pessoas solidárias para vos defender e ser testemunhas da discriminação.

7. No caso de ser vítima de qualquer preconceito, discriminação ou violência, telefone para a Polícia (190), procure e exija educadamente intervenção ao policial  mais próximo. Leve testemunhas e se possível também o agressor ou quem o discriminou. Faça Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia do bairro onde ocorreu o crime e solicite requisição de corpo de delito. Faça os exames logo em seguida. Entre em contacto com o grupo lgbt mais próximo. Denuncie no Disk 100. Silêncio = Morte!

8. Sempre discuta e combine com quem estiver ao seu lado medidas de segurança e defesa mútua em caso de ameaça ou violência. Sobretudo de noite ou madrugada, evite ruas escuras ou desertas. Se repentinamente aparecer um ou mais potenciais agressores, o melhor é vocês saírem correndo juntos em direção a um local mais movimentado ou policiado. Cuidado para não tropeçar e cair no chão. Se não conseguir escapar, reaja, lute e se defenda com todas suas forças!

9. Se não teve tempo de se desviar, ao cruzar com um ou mais mal encarados, demonstre que você é forte, seguro e está preparado para se defender ou mesmo atacar se for ameaçado. Olhe com cara séria para quem te olhar, mostre discretamente seus punhos fechados na frente do peito como se fosse dar socos. Se o vagabundo vier com arma de fogo, fique imóvel e tente dialogar. Se mostrou uma faca, saia correndo.

10. Caso não tenha conseguido escapar, no caso de ser agredido, proteja sobretudo o rosto e a cabeça. Tire um sapato ou pegue algum pau ou pedra no chão e tente bater forte na cara do agressor: Use suas chaves, caneta, como arma para furar ou cortar o inimigo. Procure dar chutes na genitália do cara, enquanto se defende e revida seus ataques. Isso é legítima defesa da vida! Grite: Socorro! Fogo! Ladrão! Polícia! Homofobia! Faça tudo para fugir para longe. Gay LGBT vivo, evita o ataque do inimigo!

sábado, 18 de junho de 2011

Insensato Colocon - capítulo 12


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 12

Os olhos de Verusca brilham diante do “novo e poderoso colocon”. Por um instante, bate aquela fissura e a mona quase pede a Tyler que a deixasse experimentar a mercadoria. Porém, Adrianny põe fim ao desejo da amiga e pede ao bofe que guardasse aquilo.
 - E, se possível, pare com isso, Tyler! Você ainda vai se estrepar bonito. Abra o olho!
 - Êêê, tá me tirando? Eu sou esperto, tá ligado? Não cairei nunca na mão dos “homi”.
 - É... Vai se achando o rei da cocada preta! Tem muita gente de olho em você!
 - Eu sei, mas, por enquanto, esse é o meu ganha-pão. Faturo bem com meus clientes e agora com este novo produto na área, os nóia tão louquinho atrás de mim! Ficarei rico!
 - Que horror! Você não sente remorso em viciar uma pessoa com algo tão mortal?
 - Verusca, nós já discutimos sobre isso! Tem quem vende e tem quem compra. Se eles querem, meu amor, não sou eu que vou me preocupar com a saúde deles. Cada um sabe de si e eu sei onde a correia aperta lá na minha goma. Preciso de grana e se, no meu caso, ela está no tráfico, é nele que eu vou obter até o último centavo desses trouxas. E ai deles se ficarem me devendo. Posso ser muito pior do que o Gonzaga! E por falar nele, você já descolou a grana? O cara tá uma fera contigo, Verusca! Se eu fosse você, não brincava com este fogo!
 - Credo, Tyler! Você está tão esquisito! Mudou da água pro vinho. O que houve?
 - Sem viagem, Adrianny! Eu apenas tô falando a real pra Verusca, morô!
 - Não se preocupe, Tyler! Eu vou descolar o aqué. Pode falar pro seu “amiguinho” Gonzaga que ele não sairá no prejuízo. E quanto a você, eu gostaria que fosse embora...
 - O quê? Ir embora? Você tá me expulsando? É assim que estava preocupada comigo?
 - Agora quem tá viajando é você, Tyler! Não sabíamos que você ia aparecer. Eu combinei com a Adrianny de irmos ver um serviço pro Carlos e já estamos atrasadas. Só isso!
 - Ah, tá... Tudo bem! Mais tarde eu volto aqui. – e ele sai pisando firme, emburrado.
 - Que lance é esse de emprego, hem? – pergunta Carlos, que não gostava de trabalhar.
 - É equê, menino! Só pro Tyler ir embora. O que você achou dele, amiga?
 - Estranhíssimo, Verusca... Estava parecendo outra pessoa. Eu, hem, Rosa!
 As duas continuam o papo, enquanto Carlos mergulha no Play 3. Era fera nos jogos. Verusca começa a relatar em detalhes para Adrianny a noite de amor que tivera com Eduardo, para delírio da biba que fica excitadíssima com a ideia de “roubar” o bofe da amiga.

 As horas passam. Em Ribeirão, Lucas e Danilo passam a tarde toda debatendo homofobia com Priscila. A racha estava encurralada. O casalzinho recém-enamorado estava com o discurso afiado. Mas também, pudera. Eles eram militantes ativos da causa LGBT.
Entremeio àquele bate-papo, Marisa fez um suflê de dar água na boca, sendo elogiadíssima por todos. Depois ela foi atualizar seu Blog e iniciar a criação dos modelos pedidos por Fabinho San Mon Netty. Bichas loucas, Lucas e Danilo começaram a dar pitaco no trabalho de Marisa, mas ela logo pediu para eles voarem e deixa-la sozinha com sua inspiração. Já Priscila estava bastante confusa. Não queria admitir, mas os olhares de Kelly e o encontro com Dú na sorveteria Spósito havia mexido com a sua libido. Tempos depois, Lucas e Danilo vão embora, mas antes convencem e combinam para o fim de semana de levar Priscila na Penélope, Diesel ou Alternativo Fever Club. Era a primeira vez que ela iria a uma boate GLS.

 Eduardo chegou exausto em Ribeirão. Passou a viagem toda pensando nos olhares de Tyler e nos babados que fizera com Verusca. Decidiu que falaria com Priscila e Marisa no dia seguinte. Precisava descansar e colocar as ideias em ordem. Porém, sua intenção é interrompida com a chegada inesperada de uma visita. Ao abrir a porta, depara-se com Grazy.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

Edição 922

Abaixo a imagem da edição n.º 922 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 19 de junho de 2011.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Exposição Condenados

Parada Gay de Belo Horizonte


Belo Horizonte confirmou para o dia 24 de julho a realização de sua 14ª Parada do Orgulho LGBT. A manifestação tem concentração a partir das 11h na Praça da Estação, que fica bem no centro da capital mineira, e neste ano vem com o tema “Chega de mortes e violência. Por um Brasil sem homofobia!”.
A realização é do grupo de defesa da cidadania LGBT Cellos (Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais). Mais informações pelo telefone (31) 3075-5724 ou pelo e-mail cellosmg@yahoo.com.br.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Maria Berenice Dias no "Programa do Jô"


Maria Berenice Dias é advogada especializada em Direito de Famílias, Sucessões e Direito Homoafetivo, é desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, é Presidenta da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB e Vice-Presidenta do IBDFAM - Instituto Brasileiro de Direito das Famílias.

Visite o site de Maria Berenice: www.mariaberenice.com.br

sábado, 11 de junho de 2011

Feliz Dia d@s Namorad@s a Tod@s!!!


Insensato Colocon - capítulo 11

novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 11

 Percebendo o olhar quase mortal de Tyler e sem demonstrar qualquer reação, Eduardo acelera as despedidas. Verusca deixa algumas lágrimas correrem pela face, as quais são enxugadas pelo bofe, num gesto de carinho. Adrianny observa a tudo, morrendo de inveja. Carlos não notou a atitude da mona. Antes de entrar no carro, os olhares de Tyler e Eduardo novamente se cruzam, mas, não querendo um diálogo, o rapaz dá partida no veículo e sai.
 - Não gostei nadica de nada de ver minha “muié” atracada com outro “homi”...
 - Calma, Tyler. Sem stress! Se você soubesse o que me aconteceu, não falaria assim...
 - Ah, e se você soubesse o que me aconteceu, também não estava me pondo chifres!
 - Hiii, gente! Vamos parar com esta conversa e entrar! Quero saber tudo que lhe aconteceu, Tyler. Estávamos todos preocupadíssimos com o seu sumiço. – diz Adrianny.
 - Humm, não parece! Você não concorda comigo, Carlos?
 - Não sei de nada, Tyler. Mas fico feliz que você tenha voltado, mano!
 E todos entram no ateliê de Verusca a fim de saberem o que acontecera com Tyler.

Ao chegar ao apartamento, Eduardo nota o climão entre Pérola e Kelly. Mas sua cabeça estava atordoada com o encontro que tivera e nem quis saber o que se passava entre as lésbicas. Disse apenas que estava com pressa e foi arrumar sua pequena bagagem.
 - Mas você já vai? Tão cedo... Ficou muito pouco tempo entre nós!
 - Preciso ir, Pérola. Tenho que resolver de uma vez por todas uma situação aí...
 - Hum... Marisa e Priscila, acertei né? – indaga Kelly.
 - É... As próprias! – disfarça Eduardo. – Vou colocar um ponto final nesta história.
 - Já não era sem tempo! Força e coragem, viu! Qualquer coisa, estamos aqui!
 - Obrigado, Pérola! Vocês são duas amigas muito especiais para mim! Em breve eu volto! A mesada do papai é gorda, mas não quero viver para sempre à custa dele. Vou ver se descolo um trampo também. Afinal, me formei em Publicidade para quê?
 - Para ficar relaxado como está até agora! Vá à luta, rapaz! Você tem talento!
 - É... Vou seguir seu conselho, Kelly! Mas agora, deixe-me ir! Beijocas, meninas!

Em Ribeirão, Marisa retorna da rua na companhia de Lucas e Danilo. Ao chegar, eles encontram Priscila ao telefone. A racha falava com Fabinho San Mon Netty e acertava com ele detalhes do contrato que iriam assinar. O empresário, depois, aproveita a ligação e fala com Marisa, fechando com ela a criação de estampas para a nova linha de lingerie que iria lançar. Antes de desligar e a pedido de Marisa, Fabinho bate um papinho com Lucas e Danilo, que vão às nuvens só por falarem com o empresário que tanto admiravam. Quando desligam...
 - Agora o papo é com a senhora, dona Priscila. Que história é essa de homofobia, hem?
 - Ah, bonecas, me poupem, tá! Adoro vocês, nada contra, mas sermão a essa hora, never mor! Não quero falar sobre isso! Não curti os olhares da Kelly e pronto. Tenho direito?
 - Claro que tem! O que não pode é partir para a ignorância, a violência! Não é por aí!
 - É... Eu sei! Talvez tenha me exaltado no que disse e, afinal, foram apenas uns olhares!
 - Olhares que, se você deixar, vão te devoraaaar! – diz Marisa e, em coro com Lucas e Danilo, batendo palmas, eles dizem: “deixa, deixa, deixa”. Todos partem para a risada.

De volta a Paraíso, Tyler já estava a par do que Mr. Gonzaga fizera com Verusca e esta, Adrianny e Carlos também já sabiam o que acontecera com o bofe e seu “sumiço”. Os três repudiam a atitude dele em ter ido a Ribeirão buscar “colocon” para ser distribuído na city. Mas, curiosos, eles querem ver como era a “nova e poderosa” mercadoria. E Tyler mostra.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

Edição 921

Abaixo a imagem da edição n.º 921 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 12 de junho de 2011.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vereador Sander quer lei da "Ficha Limpa" em Alfenas

O Vereador Sander Simaglio (PV), de Alfenas/MG, protocolou na última sexta-feira, dia 29 de abril, Projeto de Lei complementar que versa sobre a nomeação de cidadãos em cargos comissionados que tenham contra si condenação em julgamento ou proferida por órgão colegiado.

O projeto de Lei é mais conhecido como "Lei da Ficha Limpa" e que já está em vigor a nível nacional. O projeto visa implantar a lei em nível municipal no poder executivo e no poder legislativo.

Segundo o vereador, o projeto visa dar maior transparência à atividade política junto a estes dois poderes municipais, já que muitas vezes são empregados em cargos de comissão pessoas que tem pendengas com a justiça e que conseguem concorrer a cargos eletivos mas posteriormente são guindados com cargos em comissão.

O autor da propositura, explicou que o Projeto de lei define critérios para a nomeação e exercício dos cargos comissionados, pois o projeto nada mais é que uma adequação da lei Federal 135 de 4/06/2010, conhecida como “Ficha Limpa”, aplicando aos servidores públicos dos Poderes Executivo e Legislativo o mesmo que a lei eleitoral impõe aos candidatos a vereadores, prefeitos, governadores, etc.

“O objetivo desta lei é estender as normas e direcionamentos da ‘Lei da Ficha Limpa aprovada ano passado no Congresso Nacional ao exercício de cargos comissionados da administração pública municipal, impedindo as pessoas que tenham problemas de qualquer natureza com ficha limpa a assumirem cargos comissionados. Tenho a certeza que este projeto dará mais credibilidade e transparência ao poder público, dando a proteção da probidade administrativa e da moralidade”, afirmou o vereador Simaglio.

Ainda segundo o parlamentar, após aprovação em concurso público é obrigatória a apresentação de certidões e há necessidade de uma série de exigências.

O projeto de autoria de Sander está na pauta da reunião ordinária de hoje, 02 de maio, para ser lido. Amanhã, segue para as comissões permanentes da Casa para apreciação e emissão de pareceres.

“Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!”

Tema questiona o conservadorismo religioso e propõe uma reflexão acerca da oposição da Igreja nos avanços dos direitos LGBT.

A 15ª edição do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo tem seu tema definido: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! – 10 anos da Lei 10.948/01, rumo ao PLC 122/06”. O objetivo dos organizadores é questionar a moral religiosa conservadora, que vem se reafirmando como uma das principais oposições ao avanço da cidadania e dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no Brasil e no mundo. O lema também aponta para a lei paulista anti-homofobia, que completa 10 anos, e destaca a necessidade de ampliação da conquista para o nível federal. Neste ano, a Parada do Orgulho LGBT ocorre em 26 de junho, tradicionalmente na Avenida Paulista e Rua da Consolação.

“A ideia é tocar no ponto das Igrejas de uma forma abrangente, universal. Ao dizermos ‘amai-vos uns aos outros’ estamos protestando pela igualdade social entre todos os homens, com um apelo fraterno. Soma-se a isso a valorização e a prática dos direitos humanos”, explica Ideraldo Beltrame, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), entidade responsável pela organização da atividade.

Esta é a sexta vez consecutiva que o tema do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo aborda o problema da homofobia. Desde que o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 foi apresentado pela então deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), o movimento LGBT tem tratado a criminalização da homofobia no âmbito nacional como sua principal reivindicação.

10 anos da lei paulista anti-homofobia

O tema do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo também faz referência aos 10 anos da Lei Estadual 10.948/01 – de autoria do ex-deputado Renato Simões (PT) e sancionada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) – que penaliza indivíduos, organizações e empresas públicas ou privadas que praticam a discriminação contra LGBT. A lei proíbe atos de violência, constrangimento e intimidação em razão da orientação sexual, incluindo a vedação de ingresso a locais abertos ao público, seleção e sobretaxa de atendimento em comércio e a inibição da livre expressão e manifestação de homoafetividade.

“Vamos destacar a importância da apropriação da lei por parte da população LGBT. O Legislativo paulista cumpriu a sua parte, mas depende da gente fazer valer nossos direitos”, diz  Beltrame.

Para a escolha do tema, membros da APOGLBT se reuniram entre o período da manhã e tarde do último sábado (5), na sede da entidade. Durante o debate foram consideradas todas as demandas atuais discutidas pelas diversas instâncias da militância LGBT.

15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo

O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo é o calendário anual de atividades sócio-politico-culturais promovido pela APOGLBT a fim de defender a cidadania e direitos humanos da população LGBT, assim como educar a sociedade para o fim da discriminação e preconceito. Nos últimos anos, os temas abordados foram “Vote contra a homofobia : defenda a cidadania!” (2010), “Sem homofobia, mais cidadania – Pela isonomia de direitos! (2009), “Homofobia mata! Por um Estado Laico de fato!” (2008), “Por um mundo sem machismo, racismo e homofobia”!” (2007) e “Homofobia é crime! Direitos sexuais são direitos humanos” (2006).

Além da 15ª Parada do Orgulho LGBT, em 2011 é realizada a 9ª edição do Ciclo de Debates, a 11ª Feira Cultural LGBT, o 11º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade e o 11º Gay Day.

sábado, 4 de junho de 2011

Insensato Colocon - capítulo 10


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 10

 Kelly hesita em responder. Mas Pérola se mantém firme, segura as mãos de sua amada, faz-lhe um carinho no rosto e pergunta de novo.
 - Pode falar, pode se abrir comigo. Prefiro mil vezes a verdade, Kelly!
 - Ah, Pérola... Há tempos não via a Priscila. Quando a vi pela última vez, ela e o Dú estavam começando a namorar. E isso já faz quanto tempo? Mais de dois anos! Depois ela foi morar com a Marisa, que também se envolveu com o Dú... Ah, Sei lá... Quando a vi ontem, ela estava tão diferente, exuberante... Confesso que senti algo estranho dentro de mim! Mas, não é motivo para você se preocupar. Eu te amo, Pérola! Você é meu único e verdadeiro amor!
 - Você sabe que durante este tempo todo que estamos juntas, eu nunca lhe privei de nada. Sei que antes de ficar comigo, você se envolveu com alguns garotos...
 - Sim, e daí? Larguei todos eles por você, porque, repito: eu te amo! Nós vamos ficar juntas para sempre, vamos nos casar, adotar uma criança... Você falou aí de idade, de ser mais velha... Pára! Quando foi que eu me queixei disso, Pérola? Vamos passar uma borracha no meu delírio... A Priscila não é capaz de modificar em nada o que sinto por você...
 - Será mesmo, Kelly? – indaga Pérola, fazendo novo carinho na moça.
 - Pode acreditar que sim! – e num gesto singelo, Kelly puxa Pérola e beija-a com furor.

 Em Ribeirão, após visitar uma ONG LGBT que encomendara camisetas do arco-íris, Marisa vai ao centro da cidade comprar materiais para as novas produções. Lá se encontra com Lucas e Danilo, um casal super amigo para quem ela conta a reação de Priscila diante dos olhares sensuais de Kelly. Os rapazes ficam indignados com a homofobia intrínseca da moça e prometem ajudar Marisa. Por outro lado, eles ficam felizes ao saberem que elas vão trabalhar com Fabinho San Mon Netty, personalidade fashion que os dois admiram de paixão.

 Em Paraíso, após o segundo babado, Eduardo, exausto, resolve ir embora. Passaria no apartamento de Pérola e Kelly, arrumaria sua mochila e retornaria para Ribeirão no final da tarde. Parte de sua missão estava cumprida. Agora, queria resolver logo sua situação com Marisa e Priscila. A decisão do bofe agradava e desagradava Verusca. Por um lado, a mona gostava da atitude do rapaz em por um ponto final no relacionamento com as rachas; por outro, sentia-se um pouco insegura, com medo de Eduardo ir e não mais voltar...
 - Esta tristeza em seus olhos não se justifica! A gente vai se ver de novo, acredite!
 - Sim... Pela web cam? Batendo papo pelo MSN? Sei... Conheço bem essa história...
 - Verusca, eu curti muito você, em todos os sentidos! Confie em mim. Quando menos você esperar, estarei aqui novamente. E outra, você não vai deixar seus programas por minha causa, vai? – a mona responde negativamente com a cabeça. – Então... Até a gente trocar as alianças e oficializar em cartório esta relação, cada um cuida e curte sua vida, pode ser?
 - Tá bom, também não precisa ser grosseiro! A gente vai se falando, mas fica um gostinho de quero mais, uma pontinha de ciúmes. Você arrasou! Mas, agora, tenho que voltar à realidade, encarar meus problemas, extravasar na avenida... Valeu por ter vindo!
 Enquanto se despediam, Adrianny e Carlos chegam à casa de Verusca a fim de saber notícias de Tyler. Rapidamente as apresentações são feitas. Sem demonstrar, Adrianny acha Eduardo um gato. Quando já estão na porta, são surpreendidos por Tyler.
 - Nossa! Peguei todos no pulo! Festinha particular e ninguém me convida?
 - Tyler!!! Até que enfim você apareceu! Onde estava? O que aconteceu com você?
 - Calma, Verusca! Vou explicar tudo nos mínimos detalhes... – responde o rapaz enquanto olha fixamente para Eduardo, intimidando-o.


Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

Edição 920

Abaixo a imagem da edição n.º 920 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 5 de junho de 2011.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Descoberta da Aids completa 30 anos em junho

Há 30 anos, no dia 5 de junho de 1981, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos, descobriu em cinco jovens homossexuais uma estranha pneumonia que até então só afetava pessoas com o sistema imunológico muito debilitado.
Um mês depois, foi diagnosticado um câncer de pele em 26 homossexuais americanos e se começou a falar de "câncer gay". No ano seguinte, a doença foi batizada com o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Sida, em inglês aids.

Em 1983 uma equipe francesa isolou o vírus transmitido pelo sangue, secreções vaginais, leite materno ou sêmen, que ataca o sistema imunológico e expõe o paciente a "infecções oportunistas" como a tuberculose ou a pneumonia.
Nestes 30 anos de aids e seus milhões de vítimas, também foi uma época de grandes êxitos contra o vírus. Em 1996, com o desenvolvimento dos antirretrovirais, a doença mortal passou a ser uma enfermidade crônica.

O Fundo Mundial, criado em 2002, já distribuiu 22 bilhões de dólares em subsídios e um "programa de urgência" foi organizado nos Estados Unidos.
"A aids mudou o mundo; uma nova relação social foi criada entre os países do norte e do sul de maneira que nenhuma outra doença já tinha provocado", destacou Michel Sidibé, diretor do Programa das Nações Unidas para o combate a aids (Unaids).

À sua maneira, os doentes participam também na luta e se transformam em "pacientes experts", que relatam aos especialistas sua experiência, definem as necessidades e anotam os efeitos indesejáveis dos tratamentos, segundo Bruno Spira, presidente da associação Aides.
A aids tem matado menos, no entanto ela não desaparece. Pelo contrário, o número de pessoas infectadas tem aumentado nos últimos anos, exigindo mais pesquisas, mais tratamentos e mais dinheiro.

Por enquanto, apenas uma em cada três pessoas que necessitam de tratamento tem acesso às drogas. Ainda pior é que para cada duas pessoas que iniciam o tratamento, cinco outras pessoas são contaminadas.
Os esforços agora são direcionados para a prevenção com novos métodos: a circuncisão, que segundo pesquisas ainda não conclusivas podem diminuir as chances de contágio; um gel microbicida para as mulheres e o tratamento dos doentes que diminui em mais de 90% as chances de transmissão do vírus.

No entanto, mesmo com trinta anos de pesquisas, e muitos investimentos, ainda não há cura e a aids está longe de ser vencida.
Sem contar o fato que, segundo o Fundo Mundial, os financiamentos previstos para os próximos anos são claramente inferiores às necessidades.
Além disso, dois terços dos soropositivos no mundo desconhecem a própria doença e disseminam o vírus. Na França, por exemplo, uma pesquisa revelou que 18% dos clientes de bares e saunas gays estão contaminados e 20% destes desconhecem.
Socialmente, a aids ainda é uma doença pouco comum, e muitos preferem ignorá-la. "Ainda assim, como há 30 anos, é difícil reconhecer uma "doença vergonhosa", que não quer ser discutida mostrada falada e examinada", diz Bruno Spire, também portador do HIV.

"A aids foi a maior epidemia do século XX e é a maior do século XXI", afirma por sua vez o professor Jean-François Delfraissy, da Agência de Pesquisa sobre a Aids.

Fonte: Agência AFP