sábado, 11 de junho de 2011

Insensato Colocon - capítulo 11

novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 11

 Percebendo o olhar quase mortal de Tyler e sem demonstrar qualquer reação, Eduardo acelera as despedidas. Verusca deixa algumas lágrimas correrem pela face, as quais são enxugadas pelo bofe, num gesto de carinho. Adrianny observa a tudo, morrendo de inveja. Carlos não notou a atitude da mona. Antes de entrar no carro, os olhares de Tyler e Eduardo novamente se cruzam, mas, não querendo um diálogo, o rapaz dá partida no veículo e sai.
 - Não gostei nadica de nada de ver minha “muié” atracada com outro “homi”...
 - Calma, Tyler. Sem stress! Se você soubesse o que me aconteceu, não falaria assim...
 - Ah, e se você soubesse o que me aconteceu, também não estava me pondo chifres!
 - Hiii, gente! Vamos parar com esta conversa e entrar! Quero saber tudo que lhe aconteceu, Tyler. Estávamos todos preocupadíssimos com o seu sumiço. – diz Adrianny.
 - Humm, não parece! Você não concorda comigo, Carlos?
 - Não sei de nada, Tyler. Mas fico feliz que você tenha voltado, mano!
 E todos entram no ateliê de Verusca a fim de saberem o que acontecera com Tyler.

Ao chegar ao apartamento, Eduardo nota o climão entre Pérola e Kelly. Mas sua cabeça estava atordoada com o encontro que tivera e nem quis saber o que se passava entre as lésbicas. Disse apenas que estava com pressa e foi arrumar sua pequena bagagem.
 - Mas você já vai? Tão cedo... Ficou muito pouco tempo entre nós!
 - Preciso ir, Pérola. Tenho que resolver de uma vez por todas uma situação aí...
 - Hum... Marisa e Priscila, acertei né? – indaga Kelly.
 - É... As próprias! – disfarça Eduardo. – Vou colocar um ponto final nesta história.
 - Já não era sem tempo! Força e coragem, viu! Qualquer coisa, estamos aqui!
 - Obrigado, Pérola! Vocês são duas amigas muito especiais para mim! Em breve eu volto! A mesada do papai é gorda, mas não quero viver para sempre à custa dele. Vou ver se descolo um trampo também. Afinal, me formei em Publicidade para quê?
 - Para ficar relaxado como está até agora! Vá à luta, rapaz! Você tem talento!
 - É... Vou seguir seu conselho, Kelly! Mas agora, deixe-me ir! Beijocas, meninas!

Em Ribeirão, Marisa retorna da rua na companhia de Lucas e Danilo. Ao chegar, eles encontram Priscila ao telefone. A racha falava com Fabinho San Mon Netty e acertava com ele detalhes do contrato que iriam assinar. O empresário, depois, aproveita a ligação e fala com Marisa, fechando com ela a criação de estampas para a nova linha de lingerie que iria lançar. Antes de desligar e a pedido de Marisa, Fabinho bate um papinho com Lucas e Danilo, que vão às nuvens só por falarem com o empresário que tanto admiravam. Quando desligam...
 - Agora o papo é com a senhora, dona Priscila. Que história é essa de homofobia, hem?
 - Ah, bonecas, me poupem, tá! Adoro vocês, nada contra, mas sermão a essa hora, never mor! Não quero falar sobre isso! Não curti os olhares da Kelly e pronto. Tenho direito?
 - Claro que tem! O que não pode é partir para a ignorância, a violência! Não é por aí!
 - É... Eu sei! Talvez tenha me exaltado no que disse e, afinal, foram apenas uns olhares!
 - Olhares que, se você deixar, vão te devoraaaar! – diz Marisa e, em coro com Lucas e Danilo, batendo palmas, eles dizem: “deixa, deixa, deixa”. Todos partem para a risada.

De volta a Paraíso, Tyler já estava a par do que Mr. Gonzaga fizera com Verusca e esta, Adrianny e Carlos também já sabiam o que acontecera com o bofe e seu “sumiço”. Os três repudiam a atitude dele em ter ido a Ribeirão buscar “colocon” para ser distribuído na city. Mas, curiosos, eles querem ver como era a “nova e poderosa” mercadoria. E Tyler mostra.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

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