sábado, 18 de junho de 2011

Insensato Colocon - capítulo 12


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 12

Os olhos de Verusca brilham diante do “novo e poderoso colocon”. Por um instante, bate aquela fissura e a mona quase pede a Tyler que a deixasse experimentar a mercadoria. Porém, Adrianny põe fim ao desejo da amiga e pede ao bofe que guardasse aquilo.
 - E, se possível, pare com isso, Tyler! Você ainda vai se estrepar bonito. Abra o olho!
 - Êêê, tá me tirando? Eu sou esperto, tá ligado? Não cairei nunca na mão dos “homi”.
 - É... Vai se achando o rei da cocada preta! Tem muita gente de olho em você!
 - Eu sei, mas, por enquanto, esse é o meu ganha-pão. Faturo bem com meus clientes e agora com este novo produto na área, os nóia tão louquinho atrás de mim! Ficarei rico!
 - Que horror! Você não sente remorso em viciar uma pessoa com algo tão mortal?
 - Verusca, nós já discutimos sobre isso! Tem quem vende e tem quem compra. Se eles querem, meu amor, não sou eu que vou me preocupar com a saúde deles. Cada um sabe de si e eu sei onde a correia aperta lá na minha goma. Preciso de grana e se, no meu caso, ela está no tráfico, é nele que eu vou obter até o último centavo desses trouxas. E ai deles se ficarem me devendo. Posso ser muito pior do que o Gonzaga! E por falar nele, você já descolou a grana? O cara tá uma fera contigo, Verusca! Se eu fosse você, não brincava com este fogo!
 - Credo, Tyler! Você está tão esquisito! Mudou da água pro vinho. O que houve?
 - Sem viagem, Adrianny! Eu apenas tô falando a real pra Verusca, morô!
 - Não se preocupe, Tyler! Eu vou descolar o aqué. Pode falar pro seu “amiguinho” Gonzaga que ele não sairá no prejuízo. E quanto a você, eu gostaria que fosse embora...
 - O quê? Ir embora? Você tá me expulsando? É assim que estava preocupada comigo?
 - Agora quem tá viajando é você, Tyler! Não sabíamos que você ia aparecer. Eu combinei com a Adrianny de irmos ver um serviço pro Carlos e já estamos atrasadas. Só isso!
 - Ah, tá... Tudo bem! Mais tarde eu volto aqui. – e ele sai pisando firme, emburrado.
 - Que lance é esse de emprego, hem? – pergunta Carlos, que não gostava de trabalhar.
 - É equê, menino! Só pro Tyler ir embora. O que você achou dele, amiga?
 - Estranhíssimo, Verusca... Estava parecendo outra pessoa. Eu, hem, Rosa!
 As duas continuam o papo, enquanto Carlos mergulha no Play 3. Era fera nos jogos. Verusca começa a relatar em detalhes para Adrianny a noite de amor que tivera com Eduardo, para delírio da biba que fica excitadíssima com a ideia de “roubar” o bofe da amiga.

 As horas passam. Em Ribeirão, Lucas e Danilo passam a tarde toda debatendo homofobia com Priscila. A racha estava encurralada. O casalzinho recém-enamorado estava com o discurso afiado. Mas também, pudera. Eles eram militantes ativos da causa LGBT.
Entremeio àquele bate-papo, Marisa fez um suflê de dar água na boca, sendo elogiadíssima por todos. Depois ela foi atualizar seu Blog e iniciar a criação dos modelos pedidos por Fabinho San Mon Netty. Bichas loucas, Lucas e Danilo começaram a dar pitaco no trabalho de Marisa, mas ela logo pediu para eles voarem e deixa-la sozinha com sua inspiração. Já Priscila estava bastante confusa. Não queria admitir, mas os olhares de Kelly e o encontro com Dú na sorveteria Spósito havia mexido com a sua libido. Tempos depois, Lucas e Danilo vão embora, mas antes convencem e combinam para o fim de semana de levar Priscila na Penélope, Diesel ou Alternativo Fever Club. Era a primeira vez que ela iria a uma boate GLS.

 Eduardo chegou exausto em Ribeirão. Passou a viagem toda pensando nos olhares de Tyler e nos babados que fizera com Verusca. Decidiu que falaria com Priscila e Marisa no dia seguinte. Precisava descansar e colocar as ideias em ordem. Porém, sua intenção é interrompida com a chegada inesperada de uma visita. Ao abrir a porta, depara-se com Grazy.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

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