sábado, 30 de abril de 2011

Insensato Colocon - capítulo 5


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 5

- Calma, Gonzaga! Em breve você terá seu dinheiro! Mas você me trouxe até aqui, fez este escarcéu todo, só por causa de aqué? Não poderia ter me cobrado lá mesmo na avenida?
- Você tá cansada de saber como são os meus métodos quando quero alguma coisa... Eu não quero saber de “em breve”. Eu quero dia, hora, local para pegar a bufunfa, minha filha. – e ele dá um murro na mesa. Estava furioso com Verusca. - Você tá me dando nos nervos, seu viadinho de merda! Vou te trancar no xis já, já! Faz dois meses que você tá me enrolando. É uma desculpinha aqui, outra ali. Você pegou o bagulho, usou e agora tem que pagar!
Tentando manter a calma, mas extremamente nervosa por dentro, Verusca continua suas argumentações com Gonzaga, na esperança de que Tyler logo desse sinal de vida e a tirasse daquela enrascada. Porém, as horas passaram e Tyler não apareceu. Cumprindo o que havia dito, Gonzaga leva a mona para o “xis”, um quarto escuro e fétido que ele mantinha no sítio justamente para ali deixar quem para ele devesse. Só que o poderoso chefão não mandou Verusca para o local sozinha. Junto com a biba foram os dois rapazes que sentaram com ela na Courier. Lá, eles a amarraram, fizeram-na beber um “boa noite cinderela” e os dois desfrutaram do corpo de Verusca até se saciarem. Sem forças e aérea, a mona cedeu à violência sexual a qual foi submetida. Do lado de fora, Gonzaga e Grazy ouviam tudo e riam.

A segunda-feira amanhece. Em seu apartamento, Pérola e Kelly assistem a um programa na TV local. Era o “De Mulher pra Mulher”, onde o repórter Baby Brilho comentava os flashes da festa que as lésbicas promoveram. A apresentadora Maria Pia era totalmente simpática ao movimento, e sempre pautava o tema para discussões. “Um must”.
- É bom termos o mundo LGBT exposto de forma positiva na tela. Assim as pessoas têm uma visão diferente do movimento e, talvez, fiquem menos homofóbicas...
- Pois é, Pérola! E pensar que eu quase fui expulsa lá do colégio quando alguns pais de alunos souberam que eu era lésbica... Ainda hoje alguns deles me olham com desdém...
- Ridícula a atitude deles, Kelly... Mas e aí? Você viu a que horas o Eduardo chegou?
- Cheguei tarde, Pérola... – responde Eduardo, sorrindo, chegando à mesa do café.
- Hummm... Então a noitada foi boa? Era mais de três horas quando você chegou!
- A noitada foi péssima. Mas, vocês não dormem? Vigiam os passos dos hóspedes?
- Não, meu querido... Mas, assim como você, nós também estávamos acordadas, tendo o nosso momento de amor... – responde Pérola, dando um selinho em Kelly.
- Que lindo! Considero a relação de vocês muito bonita. Imagino a discriminação que sofrem para mantê-la sólida... Pena que eu e aquelas duas não demos certo...
- Ah, Eduardo, mas também você quer as duas, assim não dá! Mulher gosta de exclusividade, morre de ciúmes... Ou você fica com a Priscila ou com a Marisa! Decida-se!
O rapaz fica pensativo e nada responde.


Em Ribeirão, Priscila e Marisa terminam o café e saem rumo a Paraíso. Duas horas depois elas chegam e vão direto ao encontro de Fabinho San Mon Netty, o cliente a quem Priscila apresenta a logomarca que criara.

No sítio Verusca recobra os sentidos. Olha para si e vê-se toda maltrapilha. Observa o lugar e constata que está no “xis”. Mexe seu corpo e sente dores por toda parte. Seu edi estava ardendo. Tenta levantar, mas nota que está amarrada. Pensa em sua amiga Adrianny, mas a mona estava viajando com Carlos, seu bofe. Procura por sua bolsa.
- É isto que você quer? Li uma mensagem muito interessante em seu celular... Você está brincando com fogo. Não deveria pedir socorro ao Tyler. Agora quem sofrerá as consequências será ele... – diz Gonzaga ao ouvido de Verusca, enquanto segura sua bolsa.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência

Edição 915

Abaixo a imagem da edição n.º 915 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 1º de maio de 2011.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais, indica IBGE

O Brasil já contabiliza mais de 60 mil pessoas vivendo com parceiros do mesmo sexo, segundo dados do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 60.002 casais nesssa situação.
A região Sudeste é a que tem mais casais que se assumiram homossexuais, com 32.202. Em seguida, está a região Nordeste, com 12.196; e a Sul, com 8.034.
Pelo levantamento, a região Norte é que tem  menos casais gays, com 3.420, seguida pela região Centro-Oeste, com 4.141. Comparando apenas Estados, São Paulo é o que tem mais casais homossexuais, com 16.872, seguido por Minas Gerais, com 10.170.
No outro extremo, está o Estado de Roraima, onde apenas 96 pessoas declararam viver com outra pessoa do mesmo sexo. Depois, está Tocantins, com 151, e Acre, com 154.
Para o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, é provável que tenha ocorrido uma subnotificação nos números divulgados. Segundo ele, como a questão foi tratada pela primeira vez, há a possibilidade de muitos homossexuais não terem se autodeclarado como tais por receio.
“É certo que nos próximos Censos, essa informação tenderá a aumentar. Isso não vai significar que o aumento será proveniente de mais casais do mesmo sexo se unindo. Você tem que levar em consideração também que alguns não se declararam e a partir de agora irão fazer”, avaliou o presidente.
De acordo com Nunes, a tendência é de que esse autoreconhecimento cresça à medida que a Legislação Brasileira vá se adequando a esse aspecto. Atualmente, casais do mesmo sexo possuem os mesmo direitos para questões como Imposto de Renda e Previdência Social. “Ao perceber que esses direitos são uma conquista de fato, certamente do ponto de vista social teremos mais informações”, disse.
O Censo 2010 revela que o País tem 37.487.115 casais heterossexuais. O Sudeste novamente é a região que tem mais casais, com 16.088.613; e Norte a que tem menos, com 2.734.830.

Os extremos
Os primeiros resultados definitivos do Censo 2010 mostram os grandes extremos do Brasil, um país de 8.502.729 km2 e 190.755.799 habitantes. A cidade de São Paulo segue como a mais populosa do Brasil, com 11.253.503 habitantes. Em 2000, no último Censo, a capital paulista contava com 10.434.252 moradores. No mesmo Estado também está o menor município do País. A pequena Borá ganhou 10 habitantes desde o último levantamento e tem atualmente uma população de 805 pessoas.
Em São Paulo também estão os extremos em relação à concentração de sexo na população. Enquanto em Santos, no litoral sul, 54,24% da população é do sexo feminino, com 191.912 homens e 227.488 mulheres, a pequena cidade de Balbinos tem um número muito maior de homens. Dos 3.702 habitantes, 3.002 são do sexo masculino e 700 são mulheres. A explicação para essa discrepância está no fato da cidade contar com duas penitenciárias que somam mais de 2 mil detentos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dzi Croquettes

Dzi Croquettes – Direção de Tatiana Issa e Raphael Alvarez (Brasil, 2009). Com depoimentos de Liza Minnelli, Gilberto Gil, Nelson Motta, Miguel Falabella, Ney Matogrosso, Marília Pera, Cláudia Raia, entre outros. O documentário resgata a trajetória dos atores/bailarinos que se tornaram símbolos da contracultura ao confrontar a ditadura usando a ironia e a inteligência. Os espetáculos revolucionaram os palcos com performances de homens com barba cultivada e pernas cabeludas, que contrastavam com sapatos de salto alto e roupas femininas. O grupo se tornou um enorme mito na cena teatral brasileira e parisiense nos anos 70.

A palavra irreverente já existia nos dicionários, mas atingiu um novo grau de entendimento depois da criação do grupo Dzi Croquettes. A década de 70 foi de rompimento, de mudança, de fugir de padrões e buscar o novo, o desconhecido. A contracultura abriu espaço para questionamentos sobre a realidade, a ruptura ideológica e a transformação social. Nesse contexto um Americano desembarca no Rio de Janeiro: Lennie Dale unia a bossa nova a um swing do Jazz Novaiorquino; o encontro de 13 homens, 13 talentos. Surgia entao o furacão que iria abalar as estruturas sexuais das pessoas, abrir portas, quebrar tabus, mudar a cena teatral Brasileira e Internacional. Surgia então os Dzi Croquettes, O grupo revolucionou os palcos cariocas com seus espetáculos andróginos.

Desobedientes e debochados, decidiram desrespeitar a ordem do regime militar com inteligência. Os sapatos de salto alto e as roupas femininas propositalmente exibiam as pernas cabeludas e a barba cultivada pelos homens do grupo. O primeiro show, em 1972, foi um grande sucesso, apesar de ter sido banido pelo Serviço Nacional de Teatro. A comédia de costumes era um deboche ao sistema de ditadura e à realidade brasileira. O grupo também fez muito sucesso na Europa, especialmente na França, onde levou platéias parisienses à loucura.Esse documentário conseguiu reunir os integrantes do grupo, assim como amigos e admiradores para uma bateria de entrevistas exclusivas sobre o que é ser um Dzi Croquettes, a formação, os textos, a censura, o sucesso até a desintegração do grupo, mas nunca da idéia.

O documentário conta com depoimentos de amigos e artistas consagrados no cenário artístico brasileiro e internacional como: Liza Minnelli (grande admiradora e amiga do grupo), o diretor e coreógrafo americano Ron Lewis, Gilberto Gil, Nelson Motta, Marília Pêra, Ney Matogrosso, Betty Faria, José Possi Neto, Miéle, Aderbal Freire Filho, Jorge Fernando, César Camargo Mariano, Elke Maravilha, Cláudia Raia, Miguel Falabella, Pedro Cardoso, Norma Bengell, entre tantos e ainda os integrantes originais do grupo: Claudio Tovar, Ciro Barcelos, Bayard Tonelli, Rogério de Poly e Benedito Lacerda. Mais de 45 depoimentos colhidos no Rio de Janeiro, Nova York e Paris contam a trajetória desse grupo que influenciou suas carreiras e suas vidas em uma trajetória fascinante recheada de sucessos, fracassos, assassinatos, grandes voltas por cima e a recuperação de uma parte da nossa história que não deveria jamais ser esquecida. A busca por novos valores e novos canais de expressão – marcas registradas do movimento de contracultura – é das Dzi Croquettes!... "As internacionais".

PARA BAIXAR este filme, CLIQUE AQUI.

Campanha cristã pede aprovação de lei anti-homofobia


Está rolando na internet uma campanha de cristãos pela aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil, como forma de responder a outras tantas campanhas contrárias à proposta realizadas por fundamentalistas da palavra de Jesus Cristo. O objetivo é ser bem viral e simples e mostrar que existem também católicos e evangélicos que querem a criminalização da homofobia.

A ideia é usar a literalidade com a qual os fundamentalistas interpretam a Bíblia Sagrada para destacar que nem tudo deve ser levado ao pé da letra. Um primeiro banner já caiu na rede e pode, e deve, ser livremente publicado em redes sociais como Facebook, Orkut, Twitter e Flickr. Ainda no Twitter, a campanha é feita usando-se as hashtags #CritaosPelaPLC122 #SouCatolicoEapoioaPLC122 #SouEvangelicoEapoioaPLC122.

fonte: site Mix Brasil

Insensato Colocon - capítulo 4


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 4

- Deixem a moça em paz, senão quiserem levar uma bala no meio da fuça! – sai gritando de dentro do carro Mr. Gonzaga, de arma na mão, envolto numa capa preta e óculos escuros. Amedrontados, os rapazes começam a correr, deixando Verusca em paz.
A mona não sabia o que era pior: enfrentar os bofes que estavam a lhe importunar ou estar cara a cara diante de Mr. Gonzaga. O “poderoso chefão” se aproxima de Verusca.
- Acho que você tá me devendo mais uma, não é princesa? Quase leva uma surra...
- Muitíssimo agradecida, Gonzaga, mas, eu mesma daria conta daqueles pivetes.
- Será mesmo, Verusca? Não me parece que você esteja animada para brigas... Vê-se em seus olhos e você sabe que eles não mentem jamais... Vamos! Entre no carro, agora!
Enfático e determinado, Mr. Gonzaga segura Verusca pelo braço, arrastando-a para o veículo. A mona tenta argumentar, mas é inútil. Praticamente ela é jogada na traseira da Courier, deparando-se com dois rapazes e uma racha que lá permaneceram. A porta é travada e o carro sai em alta velocidade. Verusca nem ousa perguntar para onde estava sendo levada.

Em Ribeirão, Marisa retorna do shopping. Havia feito ótimos negócios com suas camisetas e conseguido novos pedidos. Priscila já estava dormindo, mas antes deixara para a amiga um bilhete em cima da mesa: “Vamos sair amanhã às 8h. Não se atrase, ok! Boa noite!”.
- Hum... Com coisa que sou eu que perco a hora todo dia para trabalhar... Essa minha amiga, viu! – diz ela para si mesma. Antes de se deitar, Marisa foi atualizar seu blog. Tinha dois: um pessoal e outro comercial. No primeiro, postava seus pensamentos, ideias, humor, críticas... No segundo, dedicava-se exclusivamente para divulgar suas produções. As camisetas temáticas eram uma renda extra que entrava em seu caixa, afinal, há tempos sonhava com uma bela e longa viagem ao redor do mundo. Porém, não queria ir sozinha...

Em Paraíso, Tyler conseguiu fornecer para todos os contatos que lhe procuraram o restante de “colocon” que possuía. Anotava tudo em um caderno, que escondia a sete chaves em seu “cafofo”, afinal, se um dia ele rodasse, não iria sozinho. Meio mundo dançaria com ele. O rapaz estava preparando-se para deitar, quando seu celular toca. Era Verusca.
- Hummm... Já está com saudade do seu tigrão? – pergunta ele, esperando a resposta da mona do outro lado da linha, porém, o que ele ouve é um som alto e muitas vozes. – Alô! Alô! Verusca? Você tá me ouvindo?
Discretamente por dentro de sua bolsa, Verusca fizera a ligação para Tyler, na intenção de que ele, ao atender, ouvisse aquela algazarra e percebesse o que estava se passando. Foi batata! Apenas alguns minutos ouvindo aquele fuzuê e o bofe sacou que a mona estava em poder de Mr. Gonzaga. Por um instante ficou sem ação, mas, depois, desligou e mandou à Verusca uma mensagem: “Fique calma. Já saquei tudo. Vou tirar você dessa enrascada”.
Verusca conseguiu ler a mensagem que a deixou mais aliviada. No carro Mr. Gonzaga fazia afagos em Grazy, a racha loira que estava ao seu lado no banco dianteiro. Atrás, a mona permanecia calada, enquanto que os bofes ao seu lado riam e falavam de mulheres. Quarenta minutos depois, o carro chega ao sítio do “poderoso chefão”. Ele manda todos descerem.
- Agora o papo é entre nós! Meninos, tragam esse traveco até o meu escritório.
Sem titubear, os rapazes conduzem Verusca, deixando-a depois a sós com Gonzaga.
- Você já me enrolou demais, não acha? – pergunta ele, batendo a mão na mesa.
- Sem violência, Gonzaga! Podemos resolver tudo na base do diálogo...
- Diálogo? Não me venha com “ideinha”, porque de lorotas suas eu tô cheio! Eu quero a minha grana, Verusca. A graaa-na! Já lhe dei tempo demais. Quando você vai me pagar?


Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência

sábado, 23 de abril de 2011

Edição 914

Abaixo a imagem da edição n.º 914 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 24 de abril de 2011.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Boletim de Ocorrência em Minas Gerais terá espaço para orientação sexual

O governo de Minas Gerais divulgou um novo Boletim de Ocorrência (B.O) com espaço para registro de crimes motivados por intolerância sexual. A intenção é ter dados oficiais para quantificar e qualificar os crimes homofóbicos.
O documento será utilizado pelas polícias Civil e Militar e pelo Corpo de Bombeiros. No B.O haverá espaço para orientação sexual da vítima e da motivação do crime. O governo declarou que, além de quantificar os crimes homofóbicos, o novo Boletim de Ocorrência vai ajudar a traçar políticas públicas de combate à homofobia.
Outro importante passo do governo mineiro no combate à homofobia é a criação do Núcleo de Atendimento e Cidadania à População LGBT. Ainda não há uma data específica para que o núcleo comece a funcionar, mas o governo diz que será ainda este ano.

fonte: site A CAPA.

sábado, 16 de abril de 2011

Edição 913

Abaixo a imagem da edição n.º 913 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 17 de abril de 2011.

Insensato Colocon - capítulo 3



novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 3
Priscila passara todo o domingo envolta na sua criação. A segunda-feira seria puxada e ela torcia para que o cliente aprovasse o layout da logomarca e fechasse a conta com a Teúdo. Marisa tinha ido ao shopping comercializar suas camisetas temáticas. Havia combinado com a amiga de ir com ela na viagem a Paraíso. Exausta e pensativa, a garota decidi ir contra a razão e liga para Eduardo. Porém, ouve a mensagem: “este celular está fora de área ou desligado”.
 - Onde está este cara? Por que sumiu assim, de vez? – pergunta ela a seus botões.


 Eduardo estava no apartamento de Kelly e Pérola. Dormira o dia todo tão logo chegou da balada. Tentou, mas não conseguiu arrastar ninguém para o motel. Talvez desse uma volta pela cidade logo mais.
 - E este “kit gay”, hem? Está a maior discussão na mídia, no Congresso. Será que vinga?
 - Não sei, Dú! Eu aprovo totalmente este material e independente dele, já abordo o tema da diversidade sexual em minhas aulas. O bullying nesta questão é muito grande...
 - Ah, Kelly, mas você é uma pedagoga, correu o mundo, tem mente aberta. Porém, muitos professores nem sabem como tratar o tema em sala de aula, sem contar pais e alunos que numa pesquisa recente preferem que seus filhos ou colegas não estudem com gays.
 - Isso é verdade, Pérola! A discussão promete e lá e Brasília o trem tá pegando fogo!
 - Eu vi mesmo, meninas, aquele deputado homofóbico tá recebendo diversas manifestações de repúdio às suas declarações! Pô, este país precisa evoluir mentalmente!
 - É... Evoluir mentalmente assim como você evoluiu, não é senhor Eduardo?
 Sorrindo, o bofe concorda com as amigas. Mais tarde, ele decide dar uma saidinha.

 Tyler passou o dia todo na casa de Verusca. A mona relembrou o passado nos braços do rapaz, porém, sentia-se arrependida de ter cedido à tentação. Queria que ele fosse embora.
 - Calma, Vê! Daqui a pouco eu me mando! Deixa eu fazer minha contabilidade aqui...
 - Ok. Termine aí e se manda! Tenho muitas tarefas para fazer ainda hoje!
 - Hummm... Vai sair para caçar? Que fogo, hem! Não foi bom o tranco que te dei?
 - Tyler, não me estresse! O que passou, passou! Eu estou assim por preocupação...
 - É o Mr. Gonzaga, não é? Aposto que é! O que foi dessa vez? Desembucha!
 - Ei, garoto! Desde quando tenho que lhe dar satisfações? Não fique deduzindo coisas.
 - Tá bom! Você pode até não me dizer, mas eu vou descobrir, e se for isso, o bicho vai pegar! Não quero saber de chefão nenhum perturbando a paz de minha “mina”!
 Verusca solta uma gargalhada e, para não continuar o assunto, prefere se calar. No fundo, Tyler estava coberto de razão e, por mais que ela tentasse disfarçar, era nítida a sua preocupação. Teria que resolver o problema com Mr. Gonzaga de alguma forma...

 Algum tempo depois, Tyler vai embora. Alguns clientes haviam telefonado e o bofe iria levar “colocon” para eles. Verusca, então, decide se arrumar e dar uma volta a fim de espairecer a cabeça. A avenida também era boa para pensar...
 Porém, como em tudo na vida existem os prós e os contras, às vezes as pessoas com as quais Verusca encontrava na noite não eram nada agradáveis, faziam chacotas, insultos e até ameaças, como se a profissão mais antiga do mundo e seus seguidores devessem ser banidos da face da Terra. Quando estava inspirada, a mona respondia à altura, não levava desaforo para casa... Mas, quando estava frágil e preocupada, como naquele momento, as forças lhe faltavam e ela era vítima dos homofóbicos e discriminadores. E foi numa situação assim, em que Verusca estava à beira de ser achincalhada na avenida, que um carro chega cantando pneu, luz forte, impedindo a atitude grotesca dos rapazes que estavam a importar a mona.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Faça do BRASIL um país LIVRE da HOMOFOBIA

Solicitamos o apoio na divulgação da campanha
com a inclusão deste banner em sua página na Internet.

Estruturação faz campanha contra veto à doação de sangue por gays e bissexuais

Com o objetivo de acabar com o veto à doação de sangue por gays e homens bissexuais no Brasil, a ONG Estruturação (Grupo LGBT de Brasília) realiza a campanha Mesmo Sangue. Mesmo Direito. A intenção é mobilizar tanto homossexuais, bissexuais e transgêneros quanto heterossexuais para que participem de consulta pública sobre o tema realizada pelo Ministério da Saúde até 2 de agosto.
"É o momento de agirmos. Uma consulta pública é feita justamente para ouvir a sociedade. Então, que a gente se faça presente no debate e demonstre o quanto proibir a doação por nós é preconceituoso", explica Welton Trindade, diretor do Estruturação. Pelas regras atuais, que vigoram desde 2004, um homem que tenha feito sexo com homem nos 12 meses anteriores à coleta de sangue não pode fazer a doação. Anteriormente, a legislação proibia completamente a doação por gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (denominação para quem não se identifica como gay ou bissexual).
A consulta pública, que envolve todos os aspectos da doação de sangue no país, marcará a transição dessa responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o Ministério da Saúde.
No site da campanha, há matérias jornalísticas com estudiosos, políticos e ativistas contrários ao veto, uma série de argumentos sobre porque a proibição é inadequada e instruções a respeito de como participar da consulta pública. A logomarca da campanha foi criada pelo designer Tagore Vilela, voluntário do Estruturação.
"O que queremos?". É simples. Que as mesmas regras aplicadas aos héteros sejam colocadas para nós. Se um hétero é vetado por ter feito sexo sem camisinha, defendemos que um gay também receba o mesmo tratamento. Não dá para continuar como é hoje: nem querem saber se fazemos sexo seguro ou não. Se somos homossexuais, bissexuais ou outros homens que fizeram sexo com homem (que não se identificam como gay ou bi), nada mais vale. Somos vetados e ponto? diz Trindade.

domingo, 10 de abril de 2011

Governador e deputados saem em defesa de kit anti-homofobia

Anastasia diz que as diversidades precisam ser reconhecidas
As declarações feitas pelos deputados Vanderlei Miranda (PMDB) e João Leite (PSDB), no plenário da Assembleia Legislativa, afirmando que os kits anti-homofobia do governo federal levam crianças a se tornarem homossexuais foram duramente criticadas por parlamentares, repercutindo, inclusive, na Câmara dos Deputados.
O deputado federal e membro da frente parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais), Jean Wyllys (PSOL-RJ), declarou que os dois parlamentares mineiros desconhecem a proposta do governo federal. "Ao contrário das mentiras contadas propositadamente sobre os kits, eles são parte de uma política pública criada para combater o bullying nas escolas. O objetivo é desconstruir a violência contra gays nas escolas", afirmou.
Durante a 21ª reunião ordinária, Miranda criticou a distribuição do que ele chamou de "kit gay". "Não quero ver meus filhos passeando em um shopping e vendo dois homens se beijando".
O governador de Minas, Antonio Anastasia, também se pronunciou ontem, durante o Congresso do Ministério Público de Meio Ambiente da Região Sudeste. Ele defendeu a distribuição dos kits a 6.000 escolas públicas. "A evolução da sociedade caminha naturalmente para o sentido de reconhecermos as diversidades. Acho que esse é o ponto mais importante, e o governo federal, ao fazer esse kit, caminhou nesse sentido".
Na Assembleia, deputados defenderam a criação de leis específicas para evitar a homofobia. O presidente da comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), classificou os pronunciamentos de Miranda e João Leite como intransigentes. "Eles vão perceber a infelicidade de suas afirmações. A maneira como foram colocadas suas opiniões foi intransigente".
A presidente do Centro de Referência de LGBT do Estado, Valkíria La Roche, classifica como incoerentes as críticas aos kits. "As pessoas precisam começar a entender que as crianças não vivem de olhos vendados para a sociedade".
Resposta. Jean Wyllys também rebateu as críticas feitas por Vanderlei Miranda, que o acusou de "debitar na conta da bancada evangélica" o insucesso na aprovação de políticas públicas em defesa do interesse dos homossexuais. "Qualquer um sabe que o grande entrave é a presença de pessoas conservadoras no Congresso. E uma parcela delas é da bancada evangélica, mas há exceções".

Insensato Colocon - capítulo 2


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 2

Sem pedir licença, o bofe adentra pela casa da mona e senta-se no puf, já tirando o tênis e a camiseta.
 - Ei, o que é isso? Ficou louco? – indaga Verusca, perplexa com a atitude do rapaz.
 - Sem onda, Vê! Estou morto de cansado. A festa bombou, meu bolso tá cheio da grana e quero descansar, e vai ser aqui na sua goma! Você tá ligada que eu sou assim mémo, pô!
 - Mas chega uma hora que cansa, viu! Eu também estou morta de cansada. Aí você chega, quase põe a porta abaixo, não me dá um bom dia, vai entrando como se a casa fosse sua, se esborracha aí no sofá e eu tenho que ficar calada? Não senhor, querido! Eu posso ser uma bicha, mas tenho força suficiente para te catar e te colocar daqui para fora!
 - Deixa de manha, mulher... – e ele levanta-se do puf, agarrando Verusca pela cintura. – Sua noite não foi boa e por isso você está assim, estressadinha? Vem aqui pro seu tigrão que eu apago seu fogo rapidinho...
 Verusca empurra o bofe, respira fundo e olha-o fixamente.
 - Tá bom! Quer dormir aqui, durma! Mas você aqui e eu no meu quarto, sem intimidades! Eu já virei essa página da minha vida há muito tempo, meu amor! Entre nós dois não rola mais nada, morô! E só para seu governo, minha noite foi ma-ra-vi-lho-sa, estou com o edi ardendo. Vou terminar de me desmontar e dormir. Não quero saber de entra e sai aqui no meu ateliê, ok! Se alguém te ligar, vá resolver seus rolos bem longe daqui!
 - Nossa! Acabou com o sermão? Para quem diz que teve uma noite maravilhosa, este empurrão e este teu jeito de falar demonstram o contrário, mas... Valeu por me deixar ficar. A situação na minha casa está barra pesada. Não posso vacilar... Se me pegam, me lasco!
 - Não pode vacilar, mas fica aí nessas festas vendendo o que não deve... Vai entender!
 - Meio de sobrevivência, minha querida! O povo não quer? Então! Eu vendo, e meu bagulho é bom! Isso é um comércio, tem quem vende e quem compra. Sempre será assim!
 - Ah... Chega desse papo! Detesto “colocon”. Isso só destrói a vida da pessoa!
 - Mas, e aí? Já que você quer mudar de assunto, vai mesmo resistir ao meu bagulho?
 E completamente excitado, Tyler pega na mão de Verusca e a conduz ao volume saliente em sua calça. Percebendo que não teria jeito e não resistindo à tentação, a mona dá um sorrisinho sarcástico, mostra a língua pro bofe, tranca a porta e puxa-o para o seu quarto.

 Na chácara ainda havia algumas pessoas dançando na festa. DJ Leandrinho mandava bem no set, e mantinha o povo animado já com o sol nascendo. Kelly e Pérola faziam a contabilidade do evento. Lucro total. Instantes depois, um segurança vai ao encontro delas. Havia um rapaz querendo falar com elas. Era Eduardo.
 - Ora, ora! Quem é vivo sempre aparece... Mas agora, no final da festa?
 - Desculpe meninas. Meu carro furou o pneu e até que eu consegui trocar, no meio da estrada, tudo escuro, foi difícil viu! Mas e aí? Como foi a balada?
 - Ótima! Terminamos de fazer as contas há pouco! Mas, cadê a Priscila, a Marisa?...
 - Vichi, Kelly, nem me fale dessas garotas! Maior grude! Detesto gente assim...
 - Sei... Isso para mim tem outro nome, mas é normal quando se está apaixonado confundir ódio com amor... Elas pelo menos sabem que você está aqui em Paraíso?
 - Não, e nem devem saber! Preciso de tempo e seu ficasse lá em Ribeirão, não teria.
 - Ok! Então, boca de siri! Você vai ficar por aqui ou quer ir pro nosso apartamento?
 - Não, Pérola! Vou curtir o finalzinho da balada. Quem sabe não descolo alguém e levo pro Princess? Tô no maior veneno... Se a gente se desencontrar, mais tarde colo lá no apê.
 E ele passa a circular pelo ambiente da festa, enquanto as lésbicas o observam.


Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Edição 912

Abaixo a imagem da edição n.º 912 do CULTURA POP GLS, publicada no Jornal do Sudoeste - São Sebastião do Paraíso/MG, do dia 10 de abril de 2011.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Participantes do projeto Interagir finalizam curso e concluem planos de prevenção e advocacy

Reunidos desde sábado, 2 de abril, em Alfenas/MG, os participantes de Araxá, Barbacena, Divinópolis, Belo Horizonte, São Sebastião do Paraíso, Uberlândia e Alfenas (ponto focal), e ainda Serra, Guarapari e Cariacica, do Estado do Espírito Santo, finalizaram na terça-feira, 5, as atividades do curso regional de advocacy voltado para a comunidade de Gays e outros Homens que fazem Sexo com outros Homens (HSH), dentro do projeto Interagir, organizado pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD).
O projeto é financiado pelo Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e é executado pela APPAD, em parceria com sete ONGs, entre elas o Movimento Gay de Alfenas e região do Sul de Minas (MGA), instituição que organizou o evento na cidade. O encontro já foi realizado nas cidades de Campo Grande, Curitiba, Recife, Salvador e Alfenas – único município do interior brasileiro a receber os participantes regionais. O evento teve o apoio. Os próximos serão no Rio de Janeiro e Belém. Daqui a um ano, os 70 participantes irão se reunir em Curitiba/PR, para avaliarem os avanços conseguidos nas esferas municipais e estaduais e elaborarem o projeto nacional.
Em Alfenas, assim como nos demais pontos focais, o curso teve como facilitador Toni Reis, de Curitiba/PR, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e Marcelo Pereira Dias (ponto focal – MGA). Nos quatro dias do encontro, os participantes fizeram dinâmicas em grupo, discutiram a situação nas suas localidades, conhecerem-se melhor e receberam visitas importantes, entre elas o prefeito de Alfenas, Luiz Antônio da Silva (PT), o vereador Sander Simaglio Maciel (PV), representantes do poder Executivo e Consórcio Intermunicipal de Saúde que atuam na prevenção às DSTs/AIDS.
Ao final, todos receberam certificados de participação do curso virtual e presencial, além de entregarem os planos de prevenção, advocacy e direitos humanos, voltados para a comunidade de Gays e outros HSH. Entre os principais objetivos propostos estão o aumento de ações de prevenção frente à epidemia de DSTs/AIDS, conseguir mais recursos dentro dos Planos de Ações e Metas (PAMs) municipais e estaduais para este trabalho de prevenção e criar o “tripé da cidadania”, criando coordenadorias da Diversidade, conselhos municipais LGBTs e aprovação de mais leis voltadas à comunidade homossexual.
“O curso de advocacy e prevenção em HIV/AIDS destinado à Gays e HSH é muito importante para as lideranças LGBTs, a fim de que leis sejam criadas e seus direitos sejam respeitados”, afirmou Caio Augusto de Lima, da Associação Homossexual de Ajuda Mútua (grupo Shama) de Uberlândia.
FALAS...
Todos os planos elaborados serão apresentados, posteriormente, a governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais de saúde, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores de todos os Estados do país, respeitando e identificando as reais e emergentes necessidades locais e regionais de cada uma das cinco regiões brasileiras, objetivando sensibilizar governos a adotarem políticas públicas urgentes e eficientes na promoção dos direitos humanos para pessoas LGBT e ações de prevenção às DST/HIV/AIDS específicas a este segmento da população.


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Participantes do projeto Interagir começam a elaborar planos de prevenção e advocacy

Os participantes mineiros de Alfenas, Araxá, Barbacena, Divinópolis, Belo Horizonte, São Sebastião do Paraíso, Uberlândia, e ainda Vitória, Serra, Guarapari e Cariacica, do Estado do Espírito Santo, deram prosseguimento nesta segunda-feira, 4 de abril, às atividades do curso regional de advocacy voltado para a comunidade de gays e outros homens que fazem sexo com outros homens (HSH), dentro do projeto Interagir. O encontro acontece na cidade de Alfenas, sul de Minas Gerais, e está sendo ministrado por Toni Reis, de Curitiba/PR, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
O curso vai até quarta-feira, dia 6 de abril, quando serão entregues os certificados e planos de advocacy voltados para a comunidade de gays e outros homens que fazem sexo com outros homens (HSH). Entre os principais objetivos estão o aumento de ações de prevenção frente à epidemia de DSTs/AIDS e conseguir mais recursos dentro dos Planos de Ações e Metas (PAMs) municipais e estaduais para este trabalho de prevenção.
No terceiro dia de atividades, os participantes receberam a visita de Dayse Mello, do programa de AIDS do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Lago de Furnas (Cislagos); Adriana Ponciono, enfermeira da coordenação municipal de Saúde; e Andrea Lima, referência técnica em DST/AIDS no Estado de Minas. Acompanhadas do vereador Sander Simaglio, que é presidente da Frente Parlamentar LGBT na Câmara Municipal de Alfenas, as convidadas falaram sobre as parcerias e trabalhos desenvolvidos com o Movimento Gay de Alfenas (MGA).
Elas também citaram as dificuldades encontradas em cada área, deram números de atendimentos e responderam perguntas dos participantes do curso. O vereador Sander Simaglio afirmou que o problema local para se conseguir mais avanços nos trabalhos de prevenção é que os cargos dos tomadores de decisão são políticos, de confiança do prefeito, e que, segundo ele, deveriam ser ocupados por técnicos que detêm domínio da questão. “Gasta-se muito com medicamentos e muito pouco com prevenção, por isso é importante que se tenha um parlamentar aliado a estes projetos”, ressaltou.
Ainda durante o dia, os participantes começaram a elaborar os planos de prevenção e de advocacy para serem apresentados em seus municípios e, posteriormente, na coordenação estadual. Este trabalho é o terceiro em uma série de sete cursos regionais, que tem como objetivo contribuir para o enfrentamento da epidemia e redução da incidência do HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre gays e outros HSH no Brasil, por meio da qualificação de organizações da sociedade civil em ações de advocacy e prevenção.
O projeto é financiado pelo Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e é executado pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD), em parceria com sete ONGs. O encontro já foi realizado nas cidades de Campo Grande, Curitiba, Recife, Salvador e agora em Alfenas – único município do interior brasileiro a receber os participantes regionais. Os próximos encontros serão no Rio de Janeiro e Belém.

Participam do curso:
- Adan Pitter (Divinópolis), do Movimento Gay de Divinópolis (MGD);
- Adriano Rosa (São Sebastião do Paraíso), do Grupo de Luta e Apoio à Diversidade Sexual (GLADS) e do Cultura Pop GLS;
- Alexandre Santos (Araxá), do Movimento Diversidade de Araxá (MDA);
- Anderson Jessé (Alfenas), do Movimento Gay de Alfenas (MGA);
- Caio Augusto (Uberlândia), da Associação Homossexual de Ajuda Mútua (Shama);
- Deborah Sabarah (Serra/ES), do Fórum Estadual LGBT do Espírito Santo;
- Fernanda Bermudes (Guarapari/ES), do Sindiupes;
- José Christovam (Cariacica/ES), também do Sindiupes;
- Marcelo Dias (Alfenas), do Movimento Gay de Alfenas (MGA);
- Menderson Moura (Cariacica/ES), do Sindiupes;
- Paulo Henrique - Léo (Belo Horizonte), do Movimento Gay de Betim (MGB);
- Vander Lúcio (Barbacena), do Movimento Gay de Barbacena (MGB)
e Toni Reis (Curitiba/PR), facilitador, representante da ABGLT e APPAD.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Prefeito de Alfenas participa de encontro do projeto Interagir

O prefeito Luiz Antônio da Silva (PT) participou do 2º dia de atividades do projeto Interagir, encontro realizado na cidade de Alfenas, sul de Minas Gerais, promovido pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD), de Curitiba/PR, em parceria com o Governo Federal e sete organizações das cinco regiões do Brasil, entre elas o Movimento Gay de Alfenas (MGA).
Luizinho, como é chamado, esteve no encontro na parte da manhã deste domingo, 3 de abril, ao lado do vereador Sander Simaglio Maciel, e falou aos presentes como a sua administração lida com o Movimento LGBT e as políticas públicas adotadas para este e outros segmentos na cidade. O prefeito ouviu e deixou sugestões aos participantes e assumiu um compromisso de criar em Alfenas a coordenadoria da Diversidade dentro da Secretaria Municipal de Educação.
A presença do prefeito e do vereador ao encontro serviu de base para os participantes do curso debaterem como deve ser a postura diante de um tomador de decisão, uma das pessoas parceiras para o êxito e obtenção de resultados de um plano de advocacy que será elaborado pelo grupo e, depois, discutido em seus municípios e estados.
Participam do encontro em Alfenas representantes das cidades mineiras de Alfenas, Araxá, Barbacena, Belo Horizonte, Divinópolis, São Sebastião do Paraíso, Uberlândia, e ainda Serra, Guarapari e Cariacica, no Espírito Santo. O curso vai até quarta-feira, dia 6 de abril, quando serão entregues os certificados e planos de advocacy voltados para a comunidade de gays e outros homens que fazem sexo com outros homens (HSH). O facilitador das atividades é Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Este trabalho é o terceiro em uma série de sete cursos regionais, que tem como objetivo contribuir para o enfrentamento da epidemia e redução da incidência do HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre gays e outros HSH no Brasil, por meio da qualificação de organizações da sociedade civil em ações de advocacy e prevenção.
O projeto é financiado pelo Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e é executado pela APPAD em parceria com sete ONGs. O encontro já foi realizado nas cidades de Campo Grande, Curitiba, Recife, Salvador e agora em Alfenas – único município do interior brasileiro a receber os participantes regionais.
No segundo dia do encontro, além da presença do prefeito Luizinho e do vereador Sander, os participantes fizeram novas dinâmicas de grupo e discutiram mais a fundo os primeiros passos para a elaboração de um plano de advocacy que será apresentado, posteriormente, a governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais de saúde, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores de todos os Estados do país, respeitando e identificando as reais e emergentes necessidades locais e regionais de cada uma das cinco regiões brasileiras, objetivando sensibilizar governos a adotarem políticas públicas urgentes e eficientes na promoção dos direitos humanos para pessoas LGBT e ações de prevenção às DST/HIV/Aids específicas a este segmento da população.


domingo, 3 de abril de 2011

Curso de Advocacy em Alfenas - projeto Interagir

Região começa elaborar planos de advocacy e prevenção às DSTs/Aids

Representantes das cidades mineiras de Alfenas, Araxá, Barbacena, Belo Horizonte, São Sebastião do Paraíso, Uberlândia, e ainda Serra, Guarapari e Cariacica, no Espírito Santo, começaram neste sábado, 2 de abril, em Alfenas, um curso regional de advocacy voltado para a comunidade de gays e outros homens que fazem sexo com outros homens (HSH), dentro do projeto Interagir. O encontro está sendo ministrado por Toni Reis, de Curitiba/PR, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Este trabalho é o terceiro em uma série de sete cursos regionais, que tem como objetivo contribuir para o enfrentamento da epidemia e redução da incidência do HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) entre gays e outros HSH no Brasil, por meio da qualificação de organizações da sociedade civil em ações de advocacy e prevenção.
O projeto é financiado pelo Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e é executado pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD) em parceria com sete organizações das cinco regiões do Brasil, dentre elas o Movimento Gay de Alfenas, ponto focal do projeto para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
No primeiro dia do encontro, os participantes realizaram diversas dinâmicas de grupo, fizeram apresentações e receberam orientações gerais de como se dará o curso, levantando ainda problemas e sugerindo soluções hoje enfrentadas pelos LGBTs.  Ao final do dia todos fizeram uma reflexão das atividades realizadas e, ao concluírem o curso, os participantes vão ter elaborado um completo Plano de Advocacy para ser aplicado junto aos poderes Executivo e Legislativo dos municípios e Estados que representam.
Também vão ter concluído um Plano de Prevenção às DST/HIV/Aids. Ambos os planos serão apresentados, posteriormente, a governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais de saúde, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores de todos os Estados do país, respeitando e identificando as reais e emergentes necessidades locais e regionais de cada uma das cinco regiões brasileiras, objetivando sensibilizar governos a adotarem políticas públicas urgentes e eficientes na promoção dos direitos humanos para pessoas LGBT e ações de prevenção às DST/HIV/Aids específicas a este segmento da população.
O jornalista Adriano Rosa participa do curso, representando o Cultura Pop GLS e a ONG GLADS (Grupo de Luta e Apoio à Diversidade Sexual) de São Sebastião do Paraiso e Sudoeste de Minas Gerais, onde é o presidente. Veja abaixo algumas fotos do evento.






Insensato Colocon - capítulo 1


Novela de Noxyema Jackson

CAPÍTULO 1

 Praça da Fonte, centro de Paraíso, uma cidade mineira, meia-noite, horas mortas.
 Verusca está sentada em um banco à espera de mais um programa, o 10º daquela noite. Seu coração, porém, estava aflito. A qualquer momento algum “funcionário” de Mr. Gonzaga poderia passar por ali e exigir dela informações, as quais ela não estava a fim de dar...
 Dez minutos depois um Doblô preto passa pela praça. O motorista vê a bicha sentada e faz para ela um pequeno sinal. Toda pomposa e vagarosamente, Verusca se aproxima do belo rapaz ao volante. Uma troca de olhares entre os dois é o bastante para ela adentrar no veículo, que toma rumo desconhecido.

 Não tão longe dali, uma festa bombava numa chácara. O agito iria varar o domingo até por volta da hora do almoço. Duas lésbicas eram as promoters da balada, Kelly & Pérola. Ambas mantinham um relacionamento sólido há alguns anos e, vez ou outra, promoviam o evento para reunir os amigos e dar mais visibilidade ao movimento LGBT. Porém, mesmo toda a segurança contratada para o local, não era suficiente para barrar a entrada de pessoas que iam ao fervo só, e somente só, para fazer negócios... Era o caso de Tyler.
 - Avisa o pessoal aí que hoje eu tô abastecido! – diz ele para um barman, passando às mãos do rapaz uma nota de R$ 50,00. – É uma pequena ajuda pelo seu serviço, ok, brow!
 Dito e feito. Alguns minutos depois Tyler começa a ser abordado de forma discreta por várias pessoas da festa que o procuram para adquirir dele algum “colocon”.

 A alguns quilômetros de Paraíso, mais precisamente em Ribeirão, considerada “a Califórnia brasileira”, Priscila iria passar a noite acordada diante do laptop, tentando finalizar a criação de uma logomarca. Marisa, sua amiga de apartamento, leva para ela um chá de flores.
 - Eu, se fosse você, deixaria isso para mais tarde! Vá descansar que é melhor!
 - Não posso, Marisa! Amanhã tenho que levar isso pronto para o cliente em Paraíso.
 - Eu vou dormir! Já criei dois modelos de camiseta hoje. Estou exausta!
 - Postou no blog?
 - Claro, Pri! É através dele que tenho divulgado e vendido minhas produções!
 - Ai... E o Dú, hem? Onde será que ele está a essa hora?
 - Ai, amiga! Desencana desse cara! Você ainda não sacou que ele só quer te usar?
 - Será? O Eduardo não tem jeito de ser assim... Mas, ficarei mais atenta. Boa noite!
 As amigas se despedem. Marisa vai repousar e Priscila fica lá tentando finalizar o trabalho. A agência Teúdo estava em franca ascensão e ganhar aquela conta renderia um extra para ela. Mesmo envolta na criação, vez ou outra ela parava para pensar em Dú.

 Amanhece. Verusca chegou sete horas em casa. Sexualmente falando, ela estava cansada e satisfeita, mas seu coração permanecia vazio e aflito. Seu último relacionamento amoroso tinha sido frustrante e ela tentava curar um amor com outro, mas homem, com “H” maiúsculo, parecia um produto em extinção. A maioria era cafajeste, canalha, interesseiro, moleque, sem pegada, tipos que ela estava a fim de excluir dos seus babados.
 Diante do espelho era começa a tirar a maquiagem. Levaria alguns minutos para se desmontar e, depois, repousar. Queria dormir como uma princesa e sonhar com um príncipe encantado. Porém, alguns instantes depois, fortes batidas são dadas em sua porta. Com cara de desânimo e demonstrando certa inquietação, ela vai abrir, mas antes pergunta quem é.
 - Abre aí, Verusca. Sou eu!
 A mona reconhece aquela voz e abre a porta seriamente. Era Tyler.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

Diário da Maravilhosa DHONNA BYCHA


Amores da minha vida, tudo bem com tod@s vocês? Espero que sim! Como passaram a semana? Ansios@s por me verem aqui de novo, relatando os bafos e babados do mundinho gay? Vocês gostam de um mal feito, hem! Pois bem, eis-me aqui de novo para postar em detalhes as “manchetes” divulgadas na página impressa do Cultura Pop GLS.

Tianete apaixonada

 “Estou apaixonada! E este amor é tão grande... / Estou apaixonada e só penso em você a todo instante...”. Ai, ai... O amor é lindo, não! E assim está minha amiga TIANETE, completamente louca e morrendo de amores pelo seu professor! Tá tendo muitas aulas, fofa? Aprendendo tudo direitinho? Fazendo a lição de casa? Olha, olha, hem! Depois eu quero ver seu boletim. Se tiver uma notinha vermelha, vais levar uma advertência! Mas é isso aí, fofa! “...que seja eterno enquanto dure esse amor / Que dure para sempre... / Que seja abençoado por Deus / que seja diferente...”. Torço por ti, ok!

Paulette escancarada


 Deu a louca na minha amiga “cinderela”, ops... “Penélope” rsrrs... Semanas atrás eu relatei aqui no DIÁRIO que ela estava toda-toda envolta em concursos, mas dias depois a bil surtou e não quis mais saber de provas, caiu na gandaia literalmente em duas festas babadeiras em Passos, nU CÉU Club e, segundo ela, vai dar um tempo de provas. Olha, querida, seja qual for a sua decisão, estou ao seu lado, ok! Desejo-lhe todo sucesso e êxito do mundo, pois a senhora é dedicada em tudo o que faz, pena que no seu atual local de trabalho muitos não veem isso e não a valorizam como se deve, impedindo-lhe até de ascender profissionalmente na carreira. Corra atrás dos seus sonhos, Darling e não perca jamais as esperanças. Beijos, gata!

Começa “Insensato Colocon”


 E na edição impressa desta semana do Cultura Pop GLS o 1º capítulo de nossa nova novela, “INSENSATO COLOCON”, escrita por minha amiga NOXYEMA JACKSON. A trama vai tratar de vícios, amores, paixões, babados e otraz cozitas mas! Você poderá seguir a história aqui no BLOG, caso perca algum capítulo publicado na página do jornal. A autora diz que o enredo é ficção e qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência, portanto, nada de processos infundados caso algo seja citado e que se assemelhe à vida real... Eu quero acompanhar tudo e quem sabe, um dia, também escrever a minha novelinha para a coluna! Muitos índices de audiência para este novo trabalho, ok, querida!

Curso de Advocacy em Alfenas

 E nosso querido jornalista ADRIANO ROSA está desde o dia 1º de abril na cidade de Alfenas onde fica até o dia 6 participando de um curso de advocacy para elaboração de um plano de trabalho voltado à prevenção das DSTs/AIDS em gays e homens que fazem sexo com outros homens, os chamados “HSH”. Junto com ele, lideranças de Minas Gerais e do Espírito Santo, sendo o trabalho conduzido por TONI REIS, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Transexuais e Transgêneros (ABGLT), a nossa entidade-mor. Parabéns, querido, pelo seu espírito de militância, querendo sempre aprender mais! E eu sei por fonte fidedigna que, além desta parte séria de sua viagem, você também vai rever alguns “loves” em terras alfenenses... Juízo, ok! Quando voltar, passe tudo o que aprendeu para nós! Veja fotos e matéria completa sobre o curso no nosso link "Notícias" ou CLIQUE AQUI.

GDP, topa tudo por dinheiro


 Até recentemente não se via em um jornal da região certo tipo de anúncio. Hoje basta abrir o Classificados e eles estão lá, com ofertas para todos os gostos! Há de se convir que esta é a profissão mais antiga do mundo e o negócio parece ser tão bom, que os bofes também estão neste mercado à caça de seus clientes. Em Passos tem um que entra no MSN com o nick de “GDP”, ou seja, “Garoto de Programa”. O nome dele? Começa com B... Não é a oitava maravilha do mundo, mas 10 terezas já são suficientes pelos babadinho básico. Paraíso também não foge à regra e já temos muitos GDPs por aqui, onde a linha varejo reina desde a mais fraquinha até as fortíssimas! É o mundo da “sobrevivência”, né, onde cada um oferece o que tem... Apenas um conselho, queridos: usem sempre CAMISINHA tá! E juízooooo!!!
 Bem, por hoje é só pessoal! Semana que vem eu volto com mais novidades! Beijinho, beijinho e p... p... kkkkk