sábado, 30 de abril de 2011

Insensato Colocon - capítulo 5


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 5

- Calma, Gonzaga! Em breve você terá seu dinheiro! Mas você me trouxe até aqui, fez este escarcéu todo, só por causa de aqué? Não poderia ter me cobrado lá mesmo na avenida?
- Você tá cansada de saber como são os meus métodos quando quero alguma coisa... Eu não quero saber de “em breve”. Eu quero dia, hora, local para pegar a bufunfa, minha filha. – e ele dá um murro na mesa. Estava furioso com Verusca. - Você tá me dando nos nervos, seu viadinho de merda! Vou te trancar no xis já, já! Faz dois meses que você tá me enrolando. É uma desculpinha aqui, outra ali. Você pegou o bagulho, usou e agora tem que pagar!
Tentando manter a calma, mas extremamente nervosa por dentro, Verusca continua suas argumentações com Gonzaga, na esperança de que Tyler logo desse sinal de vida e a tirasse daquela enrascada. Porém, as horas passaram e Tyler não apareceu. Cumprindo o que havia dito, Gonzaga leva a mona para o “xis”, um quarto escuro e fétido que ele mantinha no sítio justamente para ali deixar quem para ele devesse. Só que o poderoso chefão não mandou Verusca para o local sozinha. Junto com a biba foram os dois rapazes que sentaram com ela na Courier. Lá, eles a amarraram, fizeram-na beber um “boa noite cinderela” e os dois desfrutaram do corpo de Verusca até se saciarem. Sem forças e aérea, a mona cedeu à violência sexual a qual foi submetida. Do lado de fora, Gonzaga e Grazy ouviam tudo e riam.

A segunda-feira amanhece. Em seu apartamento, Pérola e Kelly assistem a um programa na TV local. Era o “De Mulher pra Mulher”, onde o repórter Baby Brilho comentava os flashes da festa que as lésbicas promoveram. A apresentadora Maria Pia era totalmente simpática ao movimento, e sempre pautava o tema para discussões. “Um must”.
- É bom termos o mundo LGBT exposto de forma positiva na tela. Assim as pessoas têm uma visão diferente do movimento e, talvez, fiquem menos homofóbicas...
- Pois é, Pérola! E pensar que eu quase fui expulsa lá do colégio quando alguns pais de alunos souberam que eu era lésbica... Ainda hoje alguns deles me olham com desdém...
- Ridícula a atitude deles, Kelly... Mas e aí? Você viu a que horas o Eduardo chegou?
- Cheguei tarde, Pérola... – responde Eduardo, sorrindo, chegando à mesa do café.
- Hummm... Então a noitada foi boa? Era mais de três horas quando você chegou!
- A noitada foi péssima. Mas, vocês não dormem? Vigiam os passos dos hóspedes?
- Não, meu querido... Mas, assim como você, nós também estávamos acordadas, tendo o nosso momento de amor... – responde Pérola, dando um selinho em Kelly.
- Que lindo! Considero a relação de vocês muito bonita. Imagino a discriminação que sofrem para mantê-la sólida... Pena que eu e aquelas duas não demos certo...
- Ah, Eduardo, mas também você quer as duas, assim não dá! Mulher gosta de exclusividade, morre de ciúmes... Ou você fica com a Priscila ou com a Marisa! Decida-se!
O rapaz fica pensativo e nada responde.


Em Ribeirão, Priscila e Marisa terminam o café e saem rumo a Paraíso. Duas horas depois elas chegam e vão direto ao encontro de Fabinho San Mon Netty, o cliente a quem Priscila apresenta a logomarca que criara.

No sítio Verusca recobra os sentidos. Olha para si e vê-se toda maltrapilha. Observa o lugar e constata que está no “xis”. Mexe seu corpo e sente dores por toda parte. Seu edi estava ardendo. Tenta levantar, mas nota que está amarrada. Pensa em sua amiga Adrianny, mas a mona estava viajando com Carlos, seu bofe. Procura por sua bolsa.
- É isto que você quer? Li uma mensagem muito interessante em seu celular... Você está brincando com fogo. Não deveria pedir socorro ao Tyler. Agora quem sofrerá as consequências será ele... – diz Gonzaga ao ouvido de Verusca, enquanto segura sua bolsa.

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência

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