terça-feira, 19 de julho de 2011

Saúde contempla 37 projetos de prevenção às DST, aids e hepatites virais


Na perspectiva do direito à saúde, a medida visa combater a vulnerabilidade da comunidade LGBT a essas doenças em decorrência do estigma e preconceito.

As ações de prevenção das DST, aids e hepatites virais realizadas durante as mobilizações do orgulho gay deste ano no Brasil vão contar com R$ 1,3 milhão. O recurso será repassado a 37 instituições selecionadas por meio de edital público para desenvolver atividades de promoção à saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O resultado da seleção, divulgado esta semana, tem por objetivo também estimular a realização de teste e diagnósitco precoce para o HIV e hepatites virais. Cada proposta contemplada receberá até R$ 25 mil.

Das propostas aprovadas na chamada, 20 são de cidades do interior do país. As outras 17 saíram para instituições de capitais. Minas Gerais lidera o ranking dos estados com sete instituições aprovadas, seguida da Bahia, com quatro. São Paulo e Maranhão tiveram três ações selecionadas, cada.

Segundo a divisão por macrorregiões, o Nordeste está em primeiro lugar, com 15 projetos. O Sudeste está em segundo lugar, com 13 ações aprovadas. Norte, Sul e Centro-Oeste têm o mesmo quantitativo selecionados, três. Em números percentuais, as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul detiveram, cada uma delas 8,11%, Sudeste (35,14%) e Nordeste (40,54%). Os projetos contemplados terão acompanhamento das Coordenações de DST, Aids e Hepatites Virais dos respectivos estados e municípios.

Na perspectiva do direito à saúde, a medida visa combater a vulnerabilidade da comunidade LGBT a essas doenças em decorrência do estigma e preconceito. “Desde o início do enfrentamento do HIV/aids, em nosso país, a carga de discriminação imposta especialmente a gays, travestis e transexuais tornou-se um grande desafio a ser superado para que medidas preventivas e de cuidados pudessem ser adotadas”, observa o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa.

Apoiar iniciativas de promoção à saúde, principalmente nesses grupos, entre os quais a epidemia ainda hoje apresenta grande concentração (de cada 100 mil pessoas, 19,4 têm aids; de cada 100 mil gays, 226,5 têm a doença) é mais um passo para o alcance dessas populações. Na política de enfrentamento das DST, aids e hepatites virais, as parcerias entre as organizações sociais e o governo são fundamentais para a ampliação do acesso e ações efetivas que gerem confiança e adesão da população às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento desses agravos.

A garantia dos direitos humanos das pessoas vivendo com aids e dos grupos em situações mais vulneráveis ao HIV – principalmente profissionais do sexo, usuários de drogas, gays e HSH (homens que fazem sexo com homens), travestis e transexuais – sempre estiveram na pauta do governo e cada vez mais fazem parte do conjunto de ações implementados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em MINAS GERAIS, foram aprovados os seguintes projetos:

ALFENAS

"Ações de prevenção das DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais e de promoção à saúde na VIII Parada do Orgulho GLTTTBS do sul de Minas Gerais", projeto do Movimento Gay de Alfenas e região sul de Minas Gerais (MGA).

BELO HORIZONTE

"Ações de prevenção na 14ª Parada do Orgulho LBGT de Bêlo e na VII Semana BH sem Homofobia", projeto da Associação Lésbica de Minas (Além).

MONTES CLAROS

"8ª Parada do orgulho GLBT de Montes Claros", projeto do Movimento Gay dos Gerais.

SÃO JOÃO DEL REY

"Saúde, Prevenção e Comunicação na Parada 2011", projeto do Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV).

UBERLÂNDIA

"Ações de Prevenção de HIV/AIDS e Hepatites Virais durante a 10ª Parada do Orgulho LGBT de Uberlândia e 7ª Semana Cultural do Orgulho", projeto da Associação Homossexual de Ajuda - Grupo Shama.

VARGINHA

"Ações de Prevenção às DST/Aids e Hepatites Virais no II Final de Semana da Diversidade e III Parada do Orgulho Gay de Varginha", projeto do Grupo Gay de Varginha (GGV).

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