sábado, 9 de julho de 2011

Insensato Colocon - capítulo 15


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 15

 - Eduardo, você bebeu, tá louco de pedra, pirou, ou coisa do gênero? Trocar eu e a Marisa, duas gatas top de linha, por um traveco? O que ela tem que nós duas não temos?
 - Meninas, eu sei que este lado meu vocês desconheciam, mas eu sou bi, curto, e daí? Eu sempre deixei bem claro para vocês que nosso lance era apenas uma aventura, nada sério!
 - Isso é verdade, Priscila! O Dú nunca iludiu a gente com promessas, tipo, casamento... Mas, confesso: também estou estupefata com esta revelação. Quem diria! Até tu, Brutus!
 - “Quem vê cara, não vê coração”, amores! Eu quero terminar numa boa com vocês!
 - Eu me sinto traída, Dú! Jamais esperava isso de você... Trocada por um traveco... Aff!
 - E você esperava o que, Priscila? Que eu chegasse aqui e escolhesse entre você ou a Marisa? Olha que eu optaria por ela de olhos fechados, viu! Marisa é muito mais caliente, sadomasoquista, ousada, diferente de você, que é frígida e cheia de frescuras...
 - E ainda por cima você vem aqui para me ofender? Vá embora, Eduardo! Já disse o que queria? Então, vaza! Vá se esbaldar com essa bichinha travestida e nos deixe em paz!
 - Ei! Tire esse “s” das suas palavras... Eu não quero que o Dú me deixe em paz. Respeito a decisão dele, mas... Se um dia ele quiser voltar, terá carinho em meus braços!
 - Tá vendo, Priscila, a diferença entre você e ela? Obrigado, Marisa, por me entender!
 - Ah, a Marisa é uma sonsa! Vive aí sonhando com italiano milionário! Eu sou mais eu!
 - Bom... Eu já disse o que queria! Se quiserem ficar “de boa” comigo, a amizade é a mesma. Se não quiserem, paciência! Foi muito bom enquanto durou, agora, cada um na sua!
 E sem muitas delongas, Eduardo despede-se e sai, deixando as duas discutindo a decisão dele e o que uma havia dito sobre a outra. Quase brigaram, porém, desculparam-se.
 Eduardo sentia-se aliviado por ter se livrado daquele triangulo amoroso. Agora, para executar o plano com Grazy, teria que esquecer Verusca, a quem estava, de fato, apaixonado.

 Em Paraíso, após várias tentativas, Verusca consegue falar com Tyler e pede ao bofe para ir até seu ateliê. “Preciso ter um papo sério com você” – disse a ele.
 - Olha, o “poderoso chefão”, aquele para quem você tá devendo aquela grana, também me ligou agorinha querendo “bolar uma ideia” comigo e, como é ele quem me fornece os bagulhos para eu tirar o meu sustento, vou ver o que ele quer primeiro. “Se pá” mais tarde eu colo aí na sua goma, falow? Me espere naqueles trajes, minha gata!
 - Vou esperar você pra gente conversar e mais nada! Você é esquisito, Tyler! Tem hora que me trata como uma deusa; depois me trata como um lixo! Detesto gente de duas caras!
 - Sem neura, Verusca! Você tá cansada de saber como eu sou... É que eu estava na maior viagem quando encontrei vocês mais cedo... Eu experimentei o bagulho que o Gonzaga me fez buscar em Ribeirão. É poderoso demais, véi! E outra, não gostei de ver aquele maluco saindo aí da sua goma! Você é minha e de mais ninguém, morô! Mas, depois a gente se fala. Tenho que ir ao encontro do meu chefe, senão ele manda os truta dele atrás de mim.
 Tyler desliga o celular e vai ao encontro de Mr. Gonzaga. Minutos depois, Verusca recebe a visita de Adrianny, que não estava na companhia de Carlos.
 - Amiga, acho que tenho a solução perfeita para você resolver sua dívida com este Gonzaga! Sente aí e me escute! – e Adrianny passa a relatar para Verusca a sua ideia.

 Tyler chega ao sítio do “poderoso chefão” e é recebido na varanda por Grazy.
 - Veja lá o que você vai dizer a ele, seu moleque! Se pisar na bola comigo, já sabe né!
 Ao entrar, Tyler encontra Gonzaga diante da lareira. Estava muito frio aquela noite.
 - Finalmente você chegou! Como foram os negócios? Vendeu tudo? Passa a grana!

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

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