novela de NEX SLIM SUMMERS
Esta é uma estória de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.
CAPÍTULO 5
Um ano depois...
Avenida Oliveira Rezende, 23h17.
Em um ponto de ônibus ao lado de um centro esportivo, Raven Rol fazia programa. Só que ela nem sempre estava sozinha. Algumas monas, de vez em quando, passavam por lá, ora para disputar o ponto com a bil, ora para bater papo com ela, às vezes, atrapalhando seus esquemas...
Neste dia, quem estava com Raven era Daniel. Os dois se conheceram numa festa promovida pelo DJ Adryan Rose, onde Raven tinha sido hostess. Daniel sempre passava na avenida e, papo vai, papo vem, passaram a ser “amigos”.
A conversa rolava solta quando as monas são surpreendidas por um carro que para no ponto. Era Teodoro e Adryan. Eles descem e começam a colocar as fofocas em dia, além de apreciar o movimento na avenida.
Minutos depois, quem passa dentro de um carro cheio de garotas é Sérgio. Daniel fixa o olhar no bofe, que faz um gesto obsceno com o dedo para ele. Teodoro ri ao ver que o rapaz mandou a mona para aquele lugar...
- Bil, o Sérgio ainda vai te matar. Você não para de mexer com ele.
- Ah, Teodoro, se ele for me matar, que seja de amor, na cama. Lá ele pode fazer comigo o que quiser! – responde Daniel aos suspiros.
Neste instante, o carro onde Sérgio estava retorna e para próximo ao ponto das monas, que ficam surpresas com a volta do rapaz.
- Oi, Teodoro! Como você está? Pelo visto, ainda andando com más companhias... – diz ele, olhando fixamente para Daniel.
- Ué, Sérgio... Depende do ponto de vista estas companhias, né... Eu diria o mesmo das suas amigas, mas... como gosto a gente não discute... Tá tudo bem com você?
- Estava, até agora... – responde ele, furioso.
- Eu sabia que você ia me ver e não ia aguentar passar direto! – apimenta Daniel.
- Não me lembro de ter falado com você, boneca!
- Então você voltou aqui para quê? – pergunta Daniel.
- Se você não percebeu, voltei para falar com o Teodoro.
- Abraça! Que desculpa mais amarela. Desculpe, amore, mas sei que você é louco por mim , só não tem coragem de admitir.
- Mas que bicha doida! – grita o bofe, querendo partir para a violência. Mas, neste momento, Raven entra no meio da discussão.
- Pode parar rapaz! Se eu fosse você, não dava mais nem um passo!
- E eu, se fosse você, não se metia onde não foi chamada, travecão!
- Meu querido, vou agir calmamente com você! Nós estávamos aqui quietas, na nossa, nem mexemos com você quando passou de carro, pelo contrário, foi você que fez um gesto nada gentil para a minha amiga e ainda voltou para nos importunar? Pode voar, meu bem! Esta avenida é minha! Não vou aceitar agressões aqui.
Ao ouvir isto, Sérgio dá uma longa gargalhada.
- Esta avenida é o quê? Sua? Uai! Faz-me rir! Tem seu nome aqui, coisa estranha? Beduína! A Prefeitura te deu de papel passado este banco no ponto de ônibus onde você caça homens para leva-los ao mau caminho? Aposto que a vizinhança não vê com bons olhos esta prostituição por aqui. Vou te denunciar por atentado violento ao pudor, hem! Quantas vezes você já levou geral dos homens?
- Meu querido, não é minha vida que está em discussão! Você, por favor, pode se retirar daqui agora! – pede Raven, educadamente.
- Olha aqui, boneca, um dia você não terá ninguém para te proteger, morô! – diz Sérgio com o dedo em riste para Daniel. – E este recado serve para você também, traveco! E você, Teodoro, vê se escolhe melhor suas amizades.
- Ai, tá bom, Sérgio! Já ouvi. Agora, vá embora, vai!
O bofe entra no carro das rachas e sai cantando pneus.
Continua na próxima semana
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