domingo, 11 de setembro de 2011

Insensato Colocon - capítulo 22


novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 22

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- Então diga, pois a arma foi encontrada em suas mãos! – diz o policial.
- Foi uma moça, magra, de cabelo comprido... Não sei o nome dela, só sei que quando as luzes se apagaram, vi que havia mais uma pessoa aqui dentro. Após o disparo, levei uma pancada na cabeça, mas senti quando ela colocou a arma em minhas mãos. Antes de desmaiar e dela sair daqui, deu para ver nitidamente estas características.
- Uma moça magra, de cabelo comprido? Tem alguém aqui com este perfil?
- Tem sim, policial... – diz Grazy. É a Priscila, mas não entendo porque ela faria isso. Por qual motivo? Essa travesti está mentindo. Foi ela quem matou o meu Gonzaga!
- Vamos à procura desta moça. A senhora vem comigo, dona Grazy, e os demais, ninguém sai daqui! – ordena o policial, que sai do “xis” à procura de Priscila.


Quando os dois saem, Adrianny, Carlos e Eloy se aproximam de Verusca, tentando consolá-la e saber maiores detalhes do que havia ocorrido. A mona queria saber onde estavam Tyler e Eduardo, porém não obteve dos três a resposta.
- Caí numa cilada, amiga! Armaram direitinho para mim... Após o discurso do Gonzaga, foi o Tyler que me chamou para vir para cá. Será que ele está metido nisso? Mas por quê?
Enquanto Verusca divagava em dúvidas, o policial e Grazy se aproximam do grupo onde estava Marisa, Danilo, Lucas, Fabinho San Mon Netty e Priscila.
- Senhorita Priscila, queira me acompanhar por favor! – pede o policial.
- Acompanhá-lo? Mas por quê? Eu não fiz nada...
- Priscila, tem uma travesti lá no local do crime acusando você de ter matado o meu Gonzaga... Você fez isso? Por quê?
- Vocês estão loucos! Por que eu faria uma loucura dessas?
- Para se vingar de mim, não é Priscila? – diz Eduardo, que neste instante se aproxima do grupo na companhia de Pérola e Kelly. – E você é cúmplice deste assassinato, Marisa!
- Êêêêpaaa! Não me envolva neste rolo! Eu não sei de nada! – grita Marisa.
- Sabe sim! Eu te contei sobre a chantagem que vinha recebendo da Grazy. A verdade, senhor policial, é que tudo aqui tem apenas um motivo só: tráfico de entorpecentes! Antes da Grazy se envolver com o Gonzaga, ela namorava comigo. Aí, quando conheceu ele e soube que ele era traficante, resolveu se juntar a ele nos negócios... Teve uma festa em Ribeirão. Eu tinha brigado com meus pais e estava sem grana para pagar a minha faculdade. Aí a Grazy, que nunca largou do meu pé, me propôs vender a droga nesta festa. Eu aceitei, mas sou leigo no negócio, acabei vendendo mais barato, perdi uma boa quantidade... e o senhor sabe, nestes lances, ou a gente paga o que usou ou morre... Para, entre aspas, me ajudar, a Grazy acertou com o Gonzaga o que havia me passado para vender e eu, ao invés de ficar devendo para ele, fiquei em dívida com ela. A Grazy sempre foi ambiciosa. Queria tomar o lugar do Gonzaga nos negócios e bolou este plano de mata-lo. Praticamente me obrigou a ajuda-la.
- E onde a travesti que foi pega com a arma na mão e a senhorita Priscila entram nessa estória? Se isto tudo for verdade, o senhor também é cúmplice deste crime – diz o policial.
- Eu, a Grazy e um moleque de nome Tyler, somos cúmplices, sim! Agora, a Verusca, não tem nada a ver com este crime. Ela devia uma grana de droga com o Gonzaga. Tinha pegado com ele para vender tempos atrás e perdeu... Ele estava cobrando ela. A ideia nossa era atrair a Verusca para o local do crime. O Tyler daria o tiro, faria o servicinho sujo para a Grazy. Eu ficaria livre de minha dívida com ela e ela assumiria o comando de tudo... Em troca, ela perdoaria a dívida da Verusca com o Gonzaga. Foi um pedido do Tyler que tem um caso com a Verusca e, de certa forma, um pedido meu, que acabei de me envolvendo propositadamente com ela através da internet, mas me apaixonei pela Verusca... Só que o Tyler atraiu a Verusca para o local do crime e na hora “h”, recusou-se a atirar e sumiu. O meu sentimento pela Verusca também me impediu de atirar...
- Ah... E aí, sem eira nem beira, a culpada do crime sou eu? – indaga Priscila. Me poupe, né Eduardo. Eu vou embora daqui! – revela.
- Não dê nem um passo ou será presa, senhorita Priscila! – ordena o policial.
- Dias atrás, senhor policial, eu fui ao apartamento da Marisa e da Priscila em Ribeirão para terminar tudo com elas. A gente tinha um caso desde a época desta festa onde este rolo começou... Depois que eu fui embora, a Marisa me ligou sem a Priscila saber e eu acabei desabafando, contando a ela sobre esta chantagem e este plano maluco da Grazy. Disse a ela que haveria esta reunião e ela me disse que viria aqui com a Priscila, chamaria uns amigos, inventaria uma estória, só para me ajudar. A Marisa queria falar com a Grazy ou até mesmo com o Gonzaga. No fundo, ela sempre gostou de mim... Já a Priscila, ficou super irritada quando soube do meu envolvimento com a Verusca, não aceitou ser trocada por uma travesti e quando viu que eu estava indo para o “xis”, ela me seguiu. A gente acabou discutindo... Não sei como as luzes se apagaram. Só sei que, quando percebi, a arma que eu carregava na cintura havia sumido e quando a luz voltou, eu soube do acontecido... Não tenho dúvidas! Foi a Priscila quem atirou, mas acabou errando o alvo e, ao invés de matar a Verusca por puro ciúmes, acabou acertando o Gonzaga e, para se ver livre da acusação, deu um jeito de colocar a arma nas mãos da Verusca. Você vai negar, Priscila?


Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

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