escrita por NEX SLIM SUMMERS.
Esta é uma estória de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.
CAPÍTULO 12
Adryan e Fernando terminam de assistir ao filme.
- Nossa! Eu nunca tinha assistindo uma estória assim...
- Mas, e aí? Gostou?
- Ah... É estranho, ainda mais envolvendo dois irmãos, e ver dois homens se beijando... Sei lá... Já vi outros trabalhos desses atores e estava curioso para assistir a este filme, por isso aluguei!
- Hum... Estava curioso? Sei... Mas, para um hétero deve ser estranho mesmo assistir determinadas cenas!...
- Ah, é um pouco, mas e você? É hétero, Adryan?
A pergunta faz o DJ se calar.
- Disse algo errado? Por que o silêncio?
- Não... Não disse nada errado, é que...
- Não precisa responder nada, não... Eu já saquei! – e sem dizer mais nada, o jovem se aproxima de Adryan e lhe dá um beijo. A princípio, o DJ fica surpreso, mas se entrega às carícias do rapaz. E em meio à loucura, sem perceber, as roupas de ambos são deixadas ao chão...
Na casa de Raven, a mona relê seus diários. Página vai, página vem, vê a foto de Mat. Em meio à solidão, pergunta para si mesmo: “por quê?”. Mas sua pergunta se perde no silêncio da casa. Parada ali, sem nada dizer, ela pensa se fez a escolha certa: ter saído da fábrica, ir para a avenida... No período que estava na caça, enfrentou tantas situações, bofes homofóbicos, travestis que não respeitam nem a si mesmas e que muitas vezes levaram problemas para a avenida. Hoje Raven age sozinha, pois ela sempre ficou “na sua” e sempre teve um lema: “se um homem quer algo, ele procura”. Não precisava se expor nem se prestar a certas baixarias para chamar atenção. Fora que, na avenida passam casais com crianças e tem certas atitudes que nem sempre são para ser feitas à vista. Em meio aos seus pensamentos, Raven se assusta com as batidas à porta. Ela vai atender.
- Nossa! Faz mais de dez minutos que estou batendo aqui. Estava dormindo? – diz Wesley, nervoso.
- Desculpe! Eu estava entretida com meus pensamentos...
O rapaz entra e logo vai até a estante de filmes da prima.
- Tem alguma coisa nova aqui?
- Tem sim! – e se aproximando do rapaz, Raven pega-o pela cintura. Porém, o rapaz ao sentir as mãos da mona, diz um seco e sonoro “não”.
- O quê? Não? Tem certeza? – o rapaz não diz nada. Apenas escolhe um filme, põe no DVD, deita-se na cama e nem intimidades para Raven, que fica sem entender o “por que” da recusa dele no babado. Vendo que Wesley estava com cara de poucos amigos, a mona volta a folhear o seu diário e se perder em seus pensamentos. Duas horas depois, o filme acaba. Wesley levanta-se da cama e apenas diz: “estou indo, tchau”.
Raven nem tenta argumentar com ele. Deixa-o ir. “Aff... Esse meu primo é muito estranho” – diz para si mesma. Quando ia fechar a porta, ela se assusta com uma voz.
- Pensei que ele não ia embora!
- Uai, você ta vigiando minha casa agora?
- Posso entrar?
- Vai ser sempre assim?
- Para sempre, Elvis... Para sempre...
continua na próxima semana.
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