sábado, 27 de agosto de 2011

Insensato Colocon - capítulo 21



novela de NOXYEMA JACKSON

CAPÍTULO 21

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Diante da cena, o bofe hesita em se aproximar dos corpos caídos. O barulho do tiro despertou a curiosidade dos presentes, que logo se aglomeram na porta do “xis”, alguns não acreditando no que veem. Afobada, Grazy chega ao local e dá um grito ao ver Gonzaga todo ensanguentado e sem vida. A mesma reação tem Adrianny ao ver a amiga estirada ao chão e com uma arma na mão.
- Pai de Asgarde! O que se sucedeu aqui? – indaga a mona, ao lado de Carlos. Os dois procuram por Tyler, mas nem sinal do bofe. Adrianny também tenta ver Eduardo, mas o rapaz escafedera. Logo os seguranças chegam e começam a cercar o local. Um assassinato ocorrera. A ordem dada por Grazy era para não deixar ninguém sair.
- Mas era só o que faltava? Ser testemunha de um crime? Quem é esta louca que matou o cara? – pergunta Fabinho San Mon Netty, nervosíssimo por estar detido no sítio.
- Ah, pelo o que eu andei assuntando, parece que era dívida que ela tinha com ele e os dois estavam lá para acertar as contas... Deu no que deu! – responde Marisa.
- Hum, bem feito pro Eduardo. Olha com quem ele foi se meter. – diz Priscila, rindo. – além de me trocar por um traveco, o tal é assassino. Essa foi a melhor do dia.
- É... Você está aí toda feliz e se esquece de que seremos chamados para depor!
- Tá com medo do quê, Lucas? Você fez alguma coisa? Foi você que matou o cara? Relaxa bil! “Quem não deve, não teme”! Tomara que a polícia chegue logo e libere a gente!
Marisa só escutava Priscila falar, enquanto tentava disfarçar o seu nervosismo. Danilo percebe o estado da amiga e a chama num canto, indagando porque ela estava assim.
- Por que eu tenho certeza de que não foi essa Verusca que fez isso. Foi o Eduardo.
- O Dú? Mas por que você afirma isso, Marisa?
- É uma longa história, Danilo, mas eu vou resumir. Uma vez, quando eu e o Dú ainda estávamos juntos, ele recebeu uma ligação dessa Grazy. Foi um papo bastante sinistro e nervoso entre os dois. Passou! Há algumas semanas atrás, o Dú me procurou e me contou do envolvimento dele com essa Grazy e sobre o plano dela em eliminar este Gonzaga. Parece que ela estava chantageando o Dú por causa desse lance de “colocon”... Você sabe, né... Naquela rave que a gente se conheceu, o Eduardo estava prá lá de Bagdá, colocadíssimo... Mas, como eu não gosto de rolos, não quis me envolver e apenas dei uns conselhos para o Dú. Cheguei a comentar com a Priscila e foi por isso que aceitamos vir aqui hoje. Queríamos falar com o Dú e impedi-lo de fazer uma besteira, mas acho que não deu tempo...
- Aff, que sinistro... Mas a arma está nas mãos da tal Verusca, e nem sinal do Dú...
- Então... Isto que me preocupa... Nem sinal do Eduardo! – diz Marisa, preocupada.

Dentro do sítio, Eduardo estava sendo consolado por Pérola e Kelly. As lésbicas haviam procurado por ele para se despedirem e foram encontra-lo em um dos cômodos da casa, instantes depois das luzes terem se apagado e elas terem ouvido o barulho do tiro. O rapaz estava completamente atordoado, não falava coisa com coisa, só dizia: “deu tudo errado!”.
Não demorou meia-hora para o sítio estar cercado de polícias. A ambulância dos Bombeiros também chegara. O corpo de Gonzaga foi examinado. A bala foi fatal! Grazy estava aos prantos. Com as técnicas, Verusca foi sendo reanimada. Adrianny, Carlos e Eloy observavam. Quando a mona voltou a si, um filme passou rapidamente pela sua cabeça. A discussão com Gonzaga, o apagar das luzes, a terceira pessoa no local, o tiro e uma coronhada que recebera na cabeça, deixando-a desacordada. Percebeu que tinha caído numa cilada e, para não pagar por um crime que não cometera, Verusca respira fundo e diz aos policiais:
- Não me prenda, pois eu sei quem matou o Gonzaga e esta pessoa está aqui no sítio!

Continua na próxima postagem.
Esta é uma história de ficção.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou fatos, terá sido mera coincidência.

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